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Estar perto do cliente, tanto fisicamente, com as lojas estrategicamente localizadas; quanto pela internet, graças a um aplicativo para smartphone que vai oferecer muito mais do que os esperados descontos, mas também serviços de comodidade. Esta é a receita utilizada pelos Mercadinhos São Luiz para se destacar no concorrido segmento de supermercados.
Segundo seu CEO, Severino Ramalho Neto, “a ideia é retomar o conceito original que meu tio João Melo inaugurou em 1972, ou seja, estar muito perto do cliente, seja no aplicativo ou ao vivo, prestando o atendimento diferenciado que nós já prestamos”.
Além do aplicativo, que deve oferecer comodidades como reserva e entrega de produtos com horário marcado, por exemplo, o São Luiz está em processo de adequação das suas estruturas para comercializar comidas prontas. De acordo com Severino Neto, todas as novas lojas – incluindo as recém-inauguradas, no shopping Del Paseo e nas avenidas Miguel Dias e Rui Barbosa – vão oferecer o serviço.
Outra novidade é a entrada no mercado do Eusébio, com uma loja com dois mil m² de área de venda, no entroncamento das rodovias CE-040 e CE-010, que será inaugurada em 2020. A rede ainda vai ampliar a sua presença na Aldeota, inaugurando, também no ano que vem, uma unidade de 1 mil m² de área de venda na equina das avenidas Barão de Studart e Júlio Ventura.
O Mercadinhos São Luiz vem de um momento de expansão, com três novas lojas, duas em andamento, novo aplicativo… Quais são os próximos passos da rede?
Os passos são continuar abrindo lojas, manter essa média de duas por ano. Abrimos três 2018, duas este ano e em 2020 teremos a da Barão de Studart com a Júlio Ventura e a do Eusébio. O nosso modelo de negócio é estar muito perto do cliente. O Eusébio tem o perfil dos nossos clientes e nós ainda não tínhamos unidades lá. Vamos continuar buscando novas oportunidades para estar mais perto dos clientes.
Pelo perfil dos clientes, quais são as áreas prioritárias para a abertura de novas lojas?
São várias áreas de Fortaleza. Grande parte dos nossos clientes ganha acima de cinco salários mínimos e 80% têm nível superior completo, então está pulverizado na cidade. Na região Norte, por exemplo, nós não tínhamos uma loja até inaugurarmos a do RioMar Kennedy, enquanto na região Leste nós temos 15, já está muito bem atendido. A nossa estratégia para chegar nessa parte que não tínhamos presença é loja maior e, preferencialmente, dentro de shopping center.
O São Luiz conta agora com um aplicativo de compra. Além dos descontos, quais outros serviços devem ser agregados?
O que a gente entende por aplicativo é uma maneira nova de fazer aquilo que já fazíamos muito bem, que é o atendimento pessoa a pessoa. Hoje, o aplicativo ainda está muito voltado para oferta. Obviamente o preço é importantíssimo, mas o nosso negócio é serviço e atender cada perfil com a sua necessidade: se quer a compra separada e passar só pra pegar e pagar, se quer que deixe em casa com horário marcado e pagar pelo app, enfim, estamos preparados para atender ao longo do tempo cada necessidade. E tudo isso já foi feito um dia, pegar pedido por telefone, mandar deixar, caderneta… O que mudou foi a ferramenta, mas é o mesmo atendimento personalizado de sempre. O varejo foi, é e sempre vai ser relacionamento. Precisamos nos relacionar para saber o que o cliente quer e precisa, estamos caminhando pra isso. Hoje nós temos cerca de 12 mil clientes cadastrados, acredito que a gente possa multiplicar por 10 facilmente em um ano ou dois.
Nos últimos anos, outras redes de supermercado de origem cearense também passaram por um processo de expansão semelhante ao que o São Luiz passou. Você teme a concorrência?
A concorrência sempre teve e vai continuar tendo, cabe a cada um falar com o seu perfil de cliente, se comunicar. Nós temos 20 mil itens, o dobro da maioria das redes de supermercado de Fortaleza. O São Luiz nasceu para atender a necessidade de variedade dos nossos clientes. Se pensar em vinho, em fruta, em alimento sem glúten ou lactose, em massa, em molhos etc, sempre vai ter no São Luiz. O nosso pensamento é estar preparado para a concorrência comunicando bem, com mix, com variedade, preço competitivo e com proximidade com o desejo do cliente.
Outra novidade é o aumento da oferta de comida pronta. Essa tendência será absorvida por todas as lojas São Luiz?
Estamos investindo em cozinhas industrializadas para oferecer alimentos prontos, o tempo é curto e muitos dos nosso clientes não cozinham mais em casa. Já temos pratos prontos em boa parte das lojas, estamos adequando as estrutura. A tendência é que a médio prazo todas elas ofereçam pratos prontos.
Você acredita que a solução logística que encontraram para ter variedade em operações menores e o relacionamento estabelecido com os clientes é a fórmula de sucesso dos Mercadinhos São Luiz?
Nós não chegamos a essa fórmula, nós nascemos nela. Nosso nome é Mercadinho, a gente vem da proximidade, da confiança, da vizinhança. Por dentro a loja mudou muito, mas a ideia é retomar o conceito original que meu tio João Melo inaugurou em 1972, ou seja, estar muito perto do cliente, seja no aplicativo ou ao vivo, prestando o atendimento diferenciado que nós já prestamos.
O Festival Costume Saudável deste ano também terá novidades?
Estamos no sétimo ano, começamos com um pequeno movimento de 500 pessoas em um fim de semana, interessadas em melhorar os hábitos. Ano passado foram 50 mil pessoas e virou um polo de lançamento de produtos para a indústria alimentícia. E as pessoas estão mudando os hábitos mesmo, é um movimento do qual Fortaleza precisa, que eu tenho muito orgulho de ser avô, por ser tocado pela minha filha, Joana. E nós já nem queremos crescer em público, queremos crescer qualitativamente. E estamos presentes em vários outros eventos, tivemos também o Costume Gourmet, trazendo novidades da cozinha do mundo, que já começou com três mil pessoas. E vamos ter o segundo e continuar buscando proporcionar o melhor dos lançamentos para os nossos clientes.
Como se dá o projeto piloto entre o São Luis e a Muda Meu Mundo, para oferecer produtos socialmente responsáveis?
Nós temos uma preocupação muito grande de como fazer a nossa operação ser cada vez mais sustentável. Reaproveitamento de embalagens, não uso de canudos plásticos, e outros pontos que os nossos clientes estão exigindo. Nós começamos agora uma nova política de hortifrutigranjeiros com a Muda Meu Mundo, que vai muito além da qualidade do produto. Ela considera a qualidade de vida de quem produz, encurtando o caminho entre produtor e cliente final. É um projeto piloto, na loja da Rui Barbosa, com produtos sem agorotóxicos, embalados em saquinho de papel e onde o cliente participa da decisão de compra, com tudo detalhado: quanto ganha o São Luiz, a Muda Meu Mundo e o produtor. É um movimento de todos, voltados para um processo melhor.