O Cine Ceará chega à sua 31ª edição neste sábado (27). Diretor do festival, o cineasta Wolney Oliveira fala sobre os desafios de realizar o evento deste ano e dá detalhes sobre a programação
Danielber Noronha
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Um ano para celebrar potências e conquistas do audiovisual cearense. É como o cineasta Wolney Oliveira define a programação do 31º Cine Ceará – Festival Ibero-americano de Cinema, cuja agenda inicia neste sábado (27), reunindo mais de 40 filmes, entre longas e curtas-metragens. O festival vai até o próximo dia 3 em formato híbrido, presencial em Fortaleza – ocupando o Cinema do Dragão e o Cineteatro São luiz -, e sendo exibido remotamente no Canal Brasil, Canais Globo, Globoplay + Canais ao Vivo, no YouTube do evento.
Retomando com mais força o eixo presencial, segundo Wolney, foram vários os desafios para aprontar a 31ª edição. “Não estamos realizando apenas um, são dois festivais, o presencial e o virtual. Então, dobram-se os desafios”, avalia o também diretor do Cine Ceará. À frente do projeto desde 1993, ele destaca que a atual agenda traz uma “programação de ponta”. “Teremos uma presença muito forte do cinema local. É o ano do cinema cearense, mas não porque sejam filmes do Ceará, mas sim, porque são filmes de muita qualidade”, ressalta. A Mostra Olhar do Ceará, acrescenta, começa segunda-feira (29) e conta com 17 curtas e três longas, incluindo Transversais, do cineasta Émerson Maranhão, Diretor de Entretenimento da TV Otimista.
Abertura
A solenidade de abertura será a partir das 19h30 deste sábado, no palco do Cineteatro São Luiz. Na sequência, começa a Mostra Competitiva Ibero-americana de Longa-metragem. O responsável por abrir os trabalhos será o filme Fortaleza Hotel, de Armando Praça, em première mundial. No enredo, o público é convidado a acompanhar Pilar, uma camareira que tem seu caminho cruzado por Shin, uma hóspede sul-coreana de meia-idade. Após sucessivas frustrações, as duas se aproximam e estabelecem uma relação de solidariedade e ajuda mútua. Praça venceu o 29º Cine Ceará com Greta – melhor direção, filme e ator (Marco Nanini).
Ainda durante a abertura, o Troféu Eusélio Oliveira será entregue ao cineasta Halder Gomes e à atriz e cantora Marta Aurélia, os dois homenageados deste ano no festival. “Martinha, como é chamada por nós, é uma das melhores atrizes do Estado. O Halder já virou uma grife! A agenda dele deve estar tomada de projetos, pelo menos até 2028. Ele quem abriu esse caminho do cinema e do humor 100% cearense e ganhou o Brasil todo. Nada mais justo do que homenagear as pratas da casa”, celebra Wolney.
Cena local
Na perspectiva do cineasta, os trabalhos desenvolvidos pela Casa Amarela Eusélio Oliveira e pelo Cine Ceará foram alguns dos grandes responsáveis por transformar o Estado em um polo de produção, ensino e difusão audiovisual. “É um desafio fazer um festival de cinema em um Estado ainda considerado pobre, muito embora tenhamos avançando em muitos aspectos nos últimos 30 anos”, pontua. Tal cenário, de acordo com Wolney, deve se fortalecer ainda mais com a entrega do novo Museu da Imagem e do Som do Ceará (MIS-CE), previsto para inaugurar no primeiro semestre de 2022. Outra frente que ajudaria neste sentido, aponta, seria uma nova edição do “Ceará Filmes – Programa Estadual de Desenvolvimento do Audiovisual e da Arte e Cultura Digital”. “Seria uma ação que viria a consolidar a indústria audiovisual do Ceará”, completa Wolney.
Serviço:
31° Cine Ceará – Festival Ibero-americano de Cinema
De 27 de novembro a 03 de dezembro
Presencial: Cineteatro São Luiz e no Cinema do Dragão;
Virtual: no Canal Brasil, Canais Globo e Globoplay + Canais ao Vivo e canal do Cine Ceará no YouTube
@cineceara