A cantora baiana Margareth Menezes retorna a capital cearense e apresenta, na CAIXA Cultural Fortaleza, de 05 a 07 de janeiro de 2018, o show Rebeldia Nordestina 2 – Música Contemporânea. No repertório estão canções de músicos consagrados entre eles os baianos Carlinhos Brown, Baiana System e Jorge Portugal, os paraibanos Flávia Venceslau e Chico César, o cearense Marcos Lessa, o maranhense Zeca Baleiro e o pernambucano Lenine.
Aplaudido pelo público e pela crítica, o primeiro Rebeldia Nordestina trouxe no repertório composições contemporâneas de artistas como Raimundo Fagner, Belchior, Zé Ramalho, Alceu Valença, Geraldo Azevedo e Raul Seixas. São compositores nordestinos que influenciaram na formação e na trajetória dos 30 anos de carreira da cantora. Agora, Margareth Menezes prepara o show com canções de uma nova geração de autores regionais, também modernos e contemporâneos, que estão trabalhando na formação do pensamento e do sentimento do público jovem brasileiro.
“Estas duas gerações já estão presentes em meus shows, com sua linguagem moderna, repleta de amor e questionamentos. A primeira fez parte da minha formação, ascenderam em mim como cidadã, como cabeça pensante e como artista, o amor pela força nordestina. Depois, chegaram nos novos “rebeldes nordestinos”, que continuaram a influenciar os nossos jovens com uma música urbana e atual”, explica Margareth.
Valorização da música nordestina
O projeto Rebeldia Nordestina foi pensado e desenvolvido na total intenção de valorizar a música nordestina que influenciou a construção da identidade da MPB contemporânea. Depois do sucesso alcançado na primeira edição, a proposta da artista Margareth Menezes é continuar a sua pesquisa e apresentar elementos da obra dos novos representantes da música brasileira.
Os ritmos nordestinos contemporâneos fundidos com instrumentos elétricos e eletrônicos, somados aos efeitos que revelam a influência dos mouros africanos, elementos indígenas e a lírica europeia, resultaram em um estilo musical de uma geração de cantores e compositores que não tinham meias palavras para falar da expressão e da realidade nordestina.
“O conceito AfroPop é que me define – fusão dos comportamentos rítmicos afro-nordestinos com as sonoridades pop – e nasceu com a influência desses grandes artistas que pude ouvir, cantar e cultuar em minha juventude e agora quando completo 30 anos de carreira”, afirma Margareth. “É a vontade de mostrar para o meu público de onde vem as ferramentas que me fazem pensar com mais pertencimento sobre a minha história”, completa.