O novo voo que conecta Fortaleza e a Cidade do Panamá, pela Copa Airlines, vai oferecer ao público cearense um novo tipo de serviço, ágil, moderno e antenado com as novidades do mercado, garante o diretor comercial da companhia, Emerson Sanglard, que esteve na capital cearense na última semana para lançar a nova rota.
De acordo com ele, o segredo para sair ganhando em um mercado com cada vez mais opções é a combinação de preço justo, bom serviço e pontualidade. O executivo também destaca o trunfo da renovação da frota que a Copa está implementando – a empresa investiu US$ 7 bilhões na compra de 76 aeronaves, que vão substituir as mais antigas, ampliar as conexões já existentes e abrir novas, como as recém-inauguradas Fortaleza e Salvador para a Cidade do Panamá. Puerto Vallarda (México) e Salta (Argentina) são os próximos destinos.
A Copa atua no Brasil há 18 anos e atualmente oferta 86 voos por semana, partindo de nove capitais do Brasil (somente em São Paulo, são 42 por semana), que conectam estas cidades a outras 79 nas três Américas.
A sua experiência anterior à Copa é bem diversificada, tendo passado pelo setor financeiro e de alimentação. Como foi a transição para a área da aviação comercial?
Nunca tinha trabalhado em companhia aérea, apesar de ter passado por muito outros segmentos. Trabalhei antes na Sadia, no Citibank, na GM, na Bombardier (segmento de veículos utilitários e fora de série) e Petrobras, sempre na área de marketing. Aviação é um mercado apaixonante, a vida toda eu viajei muito e quando vim parar na Copa, foi o casamento perfeito. Pude conciliar todas as viagens, conhecendo diferentes culturas, e conciliar com o meu trabalho em marketing e área comercial. Quando comecei, me disseram que se eu passasse dois anos na aviação, nunca mais ia sair, estou há seis, praticamente (risos).
Você assumiu a direção comercial da Copa com a missão de reposicionar a marca no mercado local?
A Copa já está no Brasil há 18 anos. Em São Paulo eram dois voos semanais, era uma operação pequena. Quando cheguei já tinham seis capitais operando. Nós tivemos uma série de ações que foram muito bem sucedidas nesse período, campanhas, parcerias, patrocínios, isso ajudou muito a posicionar a marca da Copa aqui no Brasil, que é a nossa principal missão, trabalhar o público adequadamente. Desafio e missão é posicionar a marca, continuar propagando toda a nossa conectividade através do Panamá, que é um serviço de fato excelente. Múltiplas conexões em todo o continente americano que faz toda a diferença para o passageiro.
Qual a posição atual da Copa no mercado das companhias aéreas no Brasil?
A Copa é a segunda maior companhia aérea estrangeira operando no Brasil, é uma operação muito robusta, com nove capitais conectadas ao Panamá e 86 voos semanais. Nenhuma outra companhia, exceto a TAP, oferece mais destinos e frequências que a gente.
A fatia de mercado da Copa tem crescido nos últimos cinco anos, período que coincide com a sua chegada à companhia?
Tivemos um crescimento de 20% nos últimos anos, tanto em número de voos quanto de frequências. Hoje o Brasil é o segundo maior mercado para a Copa, estamos atrás apenas dos Estados Unidos, que tem conexão com 13 destinos. Com a inclusão de Fortaleza e Salvador, são nove destinos no Brasil e 80 em toda a rede da Copa, que até o fim do ano também terá a a inclusão de Salta (Argentina) e Puerto Vallarta (México).
Quais são os diferenciais que podem fazer o público local deixar de voar pelas companhias mais tradicionais do mercado local para viajar pela Copa?
A grande vantagem, além da conectividade incrível sem sair de Fortaleza, sem precisar fazer o que o secretário Arialdo Pinho chama de “viagem negativa”, que é descer pra São Paulo e depois subir, é a conexão rápida no Panamá, porque o passageiro não passa pela imigração. Nós temos conexões de até 43 minutos, e uma média de 1h15. Não passa pela alfândega e nem retira a bagagem no Panamá, vai direto de um portão pro outro. Isso agiliza muito os processos, é uma operação muito rápida. E quando o cliente põe na ponta do lápis, tudo isso é dinheiro. A conexão doméstica, o tempo que se perde na imigração, enfim. Sem falar na pontualidade, somos a companhia mais pontual da América Latina pelo quinto ano consecutivo, o que não é pouca coisa. Em 2016 fomos a segunda mais pontual do mundo, a gente está sempre correndo atrás da pontualidade.
Como a Copa conseguiu atingir este nível de eficiênia?
O nosso hub no Panamá funciona como um grande relógio. Se eu tenho qualquer tipo de falha em um voo eu desencadeio um efeito dominó. E isso não pode acontecer em um aeroporto que se posiciona como o mais eficiente da América Latina, e de fato é. O aeroporto de Tocumén é o que o maior número de destinos da região, nem Guarulhos tem tantos. Hoje a Copa tem 350 voos diários pelo Panamá.
A Copa trabalha em parceria com o governo panamenho para atrair turistas cearenses, como por exemplo, via programa stop over, ofertando condições para que o visitante alongue a estadia aproveitando a conexão?
Na realidade o stop over é um produto que já temos na prateleira. Você pode conhecer dois destinos a preço de um, tanto a caminho do Caribe quanto dos Estados Unidos. É um país pequeno, mas muito bem estruturado em hotelaria, diversão, segurança, gastronomia incrível de nível internacional, muita história contrastando com os edifícios novos, a economia é dolarizada, a economia é movimentada e o Canal do Panamá por si só é um atrativo incrível.
Qual a estimativa da Copa de crescimento do número de passageiros neste novo voo entre Fortaleza e a Cidade do Panamá?
Não vou arriscar um número, mas nosso objetivo é que seja um voo diário a médio ou longo prazo. A gente vai trabalhar pra isso, mas depende fundamentalmente da demanda. Mas os primeiros voos saíram e chegaram com 80% de ocupação. Nosso maior mercado é São Paulo e depois Rio. Fortaleza e Salvador estão começando agora, com duas frequências semanais, precisam de todo um trabalho ao longo dos próximos meses, então ainda têm uma representativa pequena, ainda mais se comparar com São Paulo, que tem seis voos diários, é quase uma ponte aérea. Mas o potencial a médio e longo prazo é bem animador.
A concessão do Pinto Martins à Fraport e o hub KLM/Air France influenciaram a decisão da Copa de abrir esta nova conexão?
Não teve uma relação direta, esse conjunto é positivo porque fomenta o mercado aéreo como um todo, mas não tem uma relação direta com a nossa decisão. Estamos olhando primariamente para a demanda e potencial de crescimento do estado e da região.