O voo da companhia panamenha Copa a partir de Fortaleza abriu diferentes possibilidades de ligação entre o Ceará e as paradisíacas ilhas do Caribe. Entre elas, as mais europeias da região: Saint Barthélemy, apelidada pelos franceses de St Barth (ou St Bart’s, para os estadunidenses), e Saint Martin, a ilha que a França divide com a Holanda há quase 400 anos – do lado holandês, a ilha se chama Sint Maarten.
Nesta porção do Caribe tudo é literalmente francês: Saint Martin e Saint Barth fazem parte da França ultramarina e parecem realmente uma extensão da Riviera Francesa, porém no mar do Caribe, ao invés do Mediterrâneo. A atmosfera francesa é sentida não apenas pelo idioma e pelo Euro, mas pela alta gastronomia, pelos charmosos hotéis de luxo e pelo perfil das programações, menos festivas do que nas outras ilhas caribenhas.
St Barth é conhecida por ser refúgio de veraneio de bilionários desde os anos 1960 e por ser a “ilha branca” do Caribe, já que os escravos libertos migraram para as ilhas vizinhas, assim como muitos colonos, porque o solo seco, pedregoso e a escassez de água (não há rios, lagoas ou lençol freático e toda a água potável é produzida por dessalinizadores ou captada da chuva) inviabilizou qualquer atividade econômica que não fosse a produção de sal.
A sorte da ilha mudou quando, em 1957, foi avistada pelo multimilionário David Rockfeller a partir do seu barco, que se encantou pela vista, comprou terras lá e construiu uma emblemática mansão integrada com a paisagem. A partir daí vieram outras mansões de nomes como Rothschild, do bailarino Rudolf Nureivev e outros, buscando a calmaria e exclusividade desse pedaço da França. Hoje, o bilionário mais famoso do lugar é o russo Roman Abramovich, visto com relativa frequência na rua e na praia sem os seguranças que o acompanham no continente europeu.
O território é minúsculo apenas 25 km², acessado apenas por pequenos aviões (cerca de 15 minutos de St Martin) ou balsas, é organizado e tem quase tantas grifes quanto uma grande cidade da França metropolitana. Uma característica marcante é a grande quantidade de Mini Coopers conversíveis para alugar, que é a opção mais indicada, já que táxi é um serviço caro.
Já St Martin tem acesso mais fácil – o aeroporto internacional fica no lado holandês da ilha, a cerca de meia hora de carro. Com 87 km², tem mais de 30 praias paradisíacas, lugares perfeitos para mergulhos com snorkel, trilhas, praia de nudismo (Orient Beach) e muitos resorts e restaurantes de luxo.
A parte holandesa, cuja capital é Philipsburg, é mais animada, com muitas festas, cassinos e até uma pequena zona livre de impostos cheia de lojas de moda e eletrônicos. Já a parte francesa, onde Marigot é a capital, é mais sofisticada, com os restaurantes e hotéis mais caros e com menos agito. A divisa entre ambos é apenas simbólica – um obelisco – e a circulação é livre e quase todo mundo fala inglês. No entanto, a parte holandesa tem como moeda o Florim, enquanto na francesa é Euro. Ambas aceitam o Dólar, mas a conversão na ilha é bem mais cara.
Em Fortaleza, a Casablanca Turismo oferece pacotes completos, em parceria com a Copa Airlines, e serviços avulsos, tais como reservas de hotéis, carros e passagens nos pequenos bimotores para Saint Barth.