Confira os melhores momentos em vídeo e a entrevista na íntegra abaixo:
Mais que um prédio de escritórios, o BS Design foi erguido para ser um ícone – arquitetônico e tecnológico – de Fortaleza. O empreendimento demandou investimento de meio bilhão de reais e é grandioso em todos os detalhes: 690 salas moduláveis; 1.527 vagas de estacionamento; 26 elevadores de alta velocidade com antecipação de chamada e baixo consumo de energia (possuem o sistema KERS, desenvolvido em carros de Fórmula 1 para aproveitar a energia da frenagem), conceito A+ pela consultoria estadunidense Cushman, um mall com 4,2 mil m² de Área Bruta Locável (ABL) e uma praça público/privada, só para citar alguns diferenciais.
De acordo com o seu idealizador, Beto Studart, foi projetado buscando “o que nós usuários desejamos de um edifício de altíssimo padrão, para ser um marco de fato, não apenas mais um ambiente de muito concreto”.
Com 60% das salas comercializadas e unidades ainda disponíveis, tanto para locação quanto para venda – segundo o empresário -, o BS Design vai receber dois grandes restaurantes como âncoras no seu mall. Um Tio Armênio e outro do grupo Santa Grelha, que vai receber outro nome e conceito, além da delicatessen Casa Portuguesa.
Como lhe ocorreu a ideia de fazer este edifício, projetado para ser um marco sob vários aspectos?
Foi concebido a partir da rua, olhando o terreno vazio e imaginando o que nós usuários queríamos de um prédio de altíssimo padrão, pensando no conforto das pessoas que vão ali viver, em não ter fila na recepção, que seja iluminado e revolucionasse a beleza arquitetônica. Não poderia ser só mais um ambiente de muito concreto, para ser tudo diferente do que já foi feito e marcar um tempo, essa é a atemporalidade do BS Design. Nós temos convicção de que o tempo não destruirá sua beleza, não o tornará obsoleto.
Com vários itens de lazer e apoio para as empresas, como salas, auditórios etc., o senhor acredita que o BS Design vai mudar o padrão dos prédios comerciais no Ceará?
Daqui pra frente, seremos vanguarda. Somos vanguarda na arquitetura, pela pena do Daniel Arruda; somos vanguarda na engenharia, por conta de vários projetos que foram compatibilizados ao longo do tempo, e pela própria gestão do empreendimento, a quem eu reconheço o empenho do Ricardo Ary. Ele tem esse sabor, não é só construir e ganhar dinheiro. Claro que ganhar dinheiro é fundamental na vida do empreendedor, mas oferecendo também uma contrapartida.
Após ter lançados dois grandes prédios comerciais, BS Tower, na Santos Dumont, e o BS Design, a BSPar deve investir em novas torres comerciais?
Com o BS Tower mercado corporativo ficou satisfeito. Acredito que após o BS Tower e o BS Design, não há mais tanto espaço para empreendimentos do tipo em Fortaleza. Os empreendimentos foram ofertados em uma outra realidade da economia, mas o mercado ficou satisfeito com os dois e as vendas são lentas, mas de qualidade. As pessoas têm o BS Design hoje não apenas como um objeto pra trabalhar, mas um patrimônio, que eu respeito muito. Tanto é que nós temos uma vigilância e um cuidado muito grande no manejo do seu preço. É um prédio relativamente mais caro porque tem uma infraestrutura excepcional pra dar apoio às salas. Monitoramento, dois geradores de 650 kw, valet, 1,5 mil garagens… É uma estrutura que não se vê em Fortaleza. Essa é a revolução que nós estamos fazendo.
O senhor considera ousado ter lançado o BS Design neste momento?
Quando foi lançado, em 2015, o mercado estava normal. Se fosse pra lançar hoje eu diria que não, mas pegamos exatamente esse meio. Estamos com ele muito bem vendido, as pesquisas de mercado mostraram o potencial, e é um patrimônio, um ícone para Fortaleza. Tudo faz dele um ambiente totalmente diferente.
A BSPar já tem outro projeto grandioso para ser lançado?
Não. No momento seria loucura ter outro. Eu fico pensando em quando é que eu vou poder lançar novamente uma coisa tão fantástica como, mas responsavelmente fica só no sonho, para no futuro tentar fazer outra coisa grandiosa. Mas isso não quer dizer que a gente não possa fazer coisas menores, mas também magníficas, como tudo que a BSPar faz. Eu tenho orgulho da qualidade, no trato que a gente dá na engenharia, na gestão. Tudo é muito diferente.
A sua empresa costuma decorar os edifícios com obras de arte que podem ser apreciadas da rua. O BS Design também terá essa característica?
Terá nas áreas internas, nos halls, mas não na rua. Não queremos desviar a atenção da beleza do prédio. Da rua a gente tem que contemplar o prédio. Se colocarmos esculturas fora, vamos deixar de considerar que o desenho é a própria obra de arte.
A BSPar adotou a praça Carlos Alberto Studart, na diagonal do empreendimento, com um espaço para galeria de arte. A holding vai ocupar a galeria?
Fizemos a reforma da praça e construímos uma galeria, não nos comprometemos em ocupar a galeria. Cabe à Prefeitura, mas acredito que em breve ela vai lançar edital para ocupá-la. É um espaço que deve ser utilizado ao máximo, é um ótimo ambiente de contemplação da cidade e eu particularmente gostaria que houvesse essa comunicação entre a praça, que certamente será frequentada por quem vai trabalhar no BS Design, e o prédio.