A privatização de áreas não prioritárias da Caixa, como cartões, seguros e loterias, foi confirmada pelo presidente do banco, Pedro Guimarães, durante encontro de lideranças empresarias promovido pelo Lide na sexta-feira, 28, no Gran Marquise Hotel.

Na ocasião, Guimarães afirmou esperar que as privatizações destas subsidiárias aconteçam por volta do mês de outubro, mas que as operações ainda dependem de uma série de trâmites na Comissão de Valores Mobiliários – CVM. Para ele, a prioridade da Caixa passa a ser financiamento imobiliário “não só Minha Casa Minha Vida, mas também para a classe média” e promete “revolucionar esse mercado trocando o indexador, o coração do sistema bancário da maioria dos países do mundo é o crédito imobiliário”, que chega a 50% em média na Europa e nos Estados Unidos.

Outros focos de atuação da Caixa que devem ser reforçados são crédito para infraestrutura, serviços bancários para pessoas de baixa renda, microcrédito em parceria com instituições que já atuam neste segmento e também crédito rural.

Guimarães também falou sobre a reestruturação promovida no banco, com a troca dos 12 vice-presidentes, 20 dos 22 diretores e 76% dos superintendentes regionais, e projetou que a Caixa deve encerrar o ano de 2019 com um aumento expressivo do seu lucro, superando, inclusive, o banco privado Bradesco.

Fotos e vídeo: Natanael Feitosa
Edição de vídeo: Ismael Soares