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Ao longo dos últimos 32 anos, a Casablanca Turismo construiu a reputação de principal agência de turismo das regiões Norte e Nordeste. E mesmo com a concorrência da internet, vem se mantendo à frente do segmento.
Atualmente gerida pelo CEO Régis Abreu e pela sua irmã, a diretora comercial Natália Abreu, a empresa possui filiais em Recife e São Paulo, além de três unidades em Fortaleza – Iguatemi, a megastore da Oswaldo Cruz e Aeroporto – que reúnem cerca de 200 colaboradores.
De acordo com Régis, “dentro do nosso negócio, o corporativo representa 65% e varejo ou lazer, 35%”, mas é neste último que a Casablanca tem inovado mais. A empresa tem apostado em viagens temáticas e cada vez mais segmentadas, seguindo o gosto do viajante. Essa personalização maior das viagens é facilitada pela rede de fornecedores internacionais que a empresa tem se dedicado a ampliar.
Uma delas é a Virtuoso, da qual apenas 31 outras agências podem comercializar. Estes produtos são marcados pela exclusividade, mas não se limitam apenas a experiências glamourosas. Por exemplo: participação da colheita e feitura do azeite no sul da Espanha, sobrevoo de balão sobre campos de elefantes no Camboja, jantar no Louvre em frente à estátua de Davi (Michelângelo), acompanhamento de escavações arqueológicas com especialistas que participam dos programas da Discovery Channel, visita aos principais museus da Europa guiadas por professores de história da arte, acesso exclusivo a balés na Rússia, entre outros.
Além das viagens de experiência cada vez mais personalizadas, a Casablanca oferece ainda vários outros serviços complementares que facilitam a vida do viajante. “Temos alguns serviços adicionais, como assessoria de visto, alguns países também exigem seguros específicos de saúde e nós fazemos todo esse trabalho de pequenos detalhes”, explica o CEO.
A que você atribui o sucesso da Casablanca ao longo de mais de três décadas?
A gente entende que viagem é uma lavagem da alma, por isso a gente trabalha três ações: a pré-viagem, fornecendo ao cliente todo o conteúdo e a expectativa da viagem; a viagem em si e a pós-viagem, que é compartilhar com terceiros a vivência obtida. Tentamos fazer de cada viagem uma experiência única, para não comparar nem com outros que viajaram pro mesmo destino e nem com outras viagens. Cada uma tem que ser única.
O principal foco de crescimento da Casablanca é o lazer ou o corporativo?
Crescer mais no mercado de lazer. Pra cada mercado a gente tem um índice de expectativa de crescimento que são diferentes. Esperamos crescer e investimos em ambos. Apostamos muito na tecnologia para o cliente corporativo, para que o cliente faça a viagem sem nem perceber, como se estivesse fazendo um telefonema: vai, tem tudo com pontualidade, alcança o objetivo dele e volta. Já a viagem a lazer é bem diferente, tem que ser deleitada. Por isso, a pré-viagem, por isso que a gente acompanha pelas redes pra saber se a expectativa dele foi alcançada e faz o pós-viagem.
Qual é a estratégia da Casablanca para enfrentar a concorrência dos serviços de viagem pela internet?
A gente identiificou o que a internet não faz. Ela emite o bilhete, reserva o hotel e só, mas não dá a experiência. A viagem da internet é um clone, onde se copia uma coisa igual, mas na Casablanca viagem é experiência, e de um pra um, sempre vai ser diferente. Por exemplo: conheço gente que conhece Paris e Londres e não gostou, mas conheço várias outras que foram 10 vezes e querem voltar outras 10. O que a gente procura fazer é encaixar cada um nos seus anseios, ir customizando. Se gosta de viajar em excursão ou sozinho, se é selfmade e ter seu próprio roteiro, se prefere hotel ou apartamento, e por aí vai. A viagem de experiência é a tendência. Os clientes querem cada vez mais algo exclusivo, se sentirem únicos.
A Casablanca também tem apostado em serviços como os da rede Virtuoso e em grupos. Quais são os principais?
Temos o Virtuoso, mais luxuoso e com experiências exclusivas. Mas também têm crescido bastante as viagens temáticas: vinhos, roteiros religiosos, galerias e museus e vários outros. Também tem crescido muito o interesse pelo ecoturismo. É cada vez mais comum que os clientes queiram não só fazer uma trilha, mas acompanhar toda uma cadeia de ecoturismo. É cada vez mais comum que nossos clientes se interessem pela sustentabilidade, de saber que a sua atividade não vai impactar no local. E temos também uma parceria há mais de 15 anos com o Viagem através do olhar: grupos que a gente promove viagem com detalhes muito exclusivos. Geralmente são pessoas conhecidas entre si, o que torna a experiência mais agradável.
A Casablanca tem fortalecido a sua rede de fornecedores no exterior pensando nestes grupos segmentados?
Muitos dos nossos parcerios são representados no Brasil, como redes hoteleiras, passeios, companhias de cruzeiros… E a gente vem promovendo cada vez mais as parcerias no próprio destino, que são os Destination Management Company (DMC), empresas locais que têm o domínio do serviço prestado. Estamos nos relacionando cada vez mais com elas pra montar os roteiros e oferecer exclusividade, investindo bastante em roteiros criados por nós, com os nossos próprios técnicos nos destinos, para que eles façam o levantamento e fechem acordos com esses DMC para a Casablanca.