Na madrugada do dia 24, duas bombas de fabricação caseira foram jogadas no prédio da produtora do canal de vídeos Porta dos Fundos. Os artefatos atingiram a fachada do imóvel, mas as chamas altas foram logo controladas pelo segurança do local. Um vídeo das câmeras de segurança foi entregue à Secretaria de Segurança do Rio de Janeiro e, de acordo com quem pôde assistir ao vídeo, três homens participaram do ataque. Dois em uma caminhonete e um em uma motocicleta.
A suspeita é de que o ataque tenha sido motivado e causado por pessoas contra o especial de Natal da trupe para a Netflix, onde, em determinada cena, Jesus é retratado tendo um relacionamento homossexual. No último dia 19, um grupo de representações e lideranças evangélicas ajuizou uma ação contra a Netflix, pedindo a censura do programa, porém a liminar foi negada.
Em nota, o Porta dos Fundos diz que “condena qualquer ato de violência […] por enquanto, adiantamos que seguiremos em frente, mais unidos, mais fortes, mais inspirados e confiantes que o país sobreviverá a essa tormenta de ódio e o amor prevalecerá junto com a liberdade de expressão”.
Membros da produtora se manifestaram após o ataque. Fábio Porchat afirmou, no Twitter, que “não vão nos calar! Nunca! É preciso estar atento e forte…”. O escritor Paulo Coelho demonstrou apoio pela rede social, “se os terroristas que atacaram o Porta dos Fundos não forem imediatamente punidos, isso vai empurrar o país para um conflito de proporções gigantescas”.