Theatro José de Alencar é o primeiro do Brasil a ganhar modelo em 3D de alta precisão

Acompanhando um modelo que já vem sendo aplicado em diversas partes do mundo, o Theatro José de Alencar (TJA), considerado um dos equipamentos históricos mais importantes do Ceará, tornou-se o pioneiro do Estado e do País a ter seu patrimônio cultural digitalizado em alta precisão.

Através de técnicas de última geração, o teatro passou por um levantamento tridimensional de toda a sua estrutura, gerando uma moderna documentação que poderá ser usada para futuros projetos de manutenção e restauro, além de permitir que o edifício se torne objeto de visitação virtual.

O trabalho foi realizado por uma equipe multidisciplinar de professores e alunos do Curso de Engenharia Civil e do Curso de Ciência da Computação, ambos do Campus da Universidade Federal do Ceará (UFC) em Russas, além de professores e alunos do Departamento de Arquitetura e Urbanismo e Design, em Fortaleza.

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(Foto: Reprodução)

A atualização da documentação do teatro foi realizada no projeto em três etapas principais. Inicialmente, foi feita a catalogação dos documentos históricos existentes, como fotos, representações gráficas e registros da história, do projeto e da construção do equipamento.

Após essa etapa, foi realizado o levantamento digital, através de fotogrametria UAV (registros fotográficos feitos por drones) e técnicas de varredura, feitas por scanner. Com os drones, foram registradas 239 capturas, especialmente para os telhados, onde é mais complicado utilizar um laser scanner terrestre.

Em seguida, essas imagens foram usadas para sincronizar com os dados do escaneamento terrestre, de forma a diminuir as imperfeições do modelo a ser criado do teatro, o qual constituiu a terceira etapa do projeto.

“É uma modelagem tridimensional em que conseguimos inserir informações diversas, não só geométricas, mas também das propriedades dos materiais, degradação, e conseguimos evoluir para o planejamento das intervenções de manutenção, dentre outras coisas”, explica o Prof. Esequiel Mesquita, do Campus de Russas e responsável pelo projeto.

 

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