Em um arrojado desfile na Semana de Alta-Costura de Paris, a Schiaparelli desafiou as fronteiras entre o artesanal e o tecnológico, trazendo à passarela um “bebê robô” nas mãos da modelo Maggie Maurer.
Num momento em que a discussão sobre Inteligência Artificial está em voga, a grife conhecida por seu surrealismo apresentou reflexões sobre o futuro da moda e da sociedade com um “bebê” construído a partir de peças de tecnologia pré-2007, como microchips, placas-mãe e celulares antigos.
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A inspiração para esta abordagem veio de uma fonte inusitada: o termo “marciano”, cunhado em 1877 pelo tio de Elsa Schiaparelli, que na época dirigia o observatório de Milão. A coleção reflete sobre criaturas extraterrestres, o interplanetário e a tecnologia, proporcionando uma experiência única e provocativa. O diretor criativo, Daniel Roseberry, destacou a raridade desses itens tecnológicos “de sua época”, comparando-os ao valor de tecidos e pedrarias vintage nos dias de hoje. Este desfile não apenas desafia as expectativas da moda, mas também nos convida a contemplar a convergência entre o artesanato tradicional e a inovação tecnológica.