As gêmeas Mary-Kate e Ashley Olsen, donas da grife The Row, provocaram debate no mundo da moda ao proibir a entrada de celulares em seu desfile da coleção Inverno, durante a Semana de Moda de Paris.
A medida, que visa preservar a “magia da moda” e evitar a reprodução instantânea das peças, gerou reações diversas. Jornalistas como Vanessa Friedman, do New York Times, criticaram a censura, lamentando a impossibilidade de compartilhar imagens do evento. “Frustração. Não sinto que tirar algumas fotos interfira na minha habilidade de considerar plenamente o que estou vendo. E acho que cresci o suficiente para decidir isso por mim mesmo”, disse a jornalista.
I would love to show you pictures of #TheRow because it was a very good show, but sadly because of the their no social media policy, I can’t.
— Vanessa Friedman (@VVFriedman) February 28, 2024
Nos assentos, foram disponibilizados bloquinhos para que os espectadores fizessem anotações, apenas. Influenciadores e frequentadores da semana de moda se dividiram entre aqueles que consideraram a atitude elitista e os que a defenderam como forma de exclusividade e controle da imagem da marca.
No Brasil, a blogueira Camila Coutinho argumentou que a moda e o luxo sempre foram elitistas e que a censura dos celulares reforça essa exclusividade.
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A proibição da The Row se junta a outras iniciativas de marcas de luxo que buscam restringir o acesso e criar uma aura de exclusividade, como a Phoebe Philo, a Hermès e a Bottega Veneta. “Acho que vamos passar a ver cada vez mais esse tipo de atitude dentro do mercado de luxo, gostando ou não, até porque não é para todo mundo gostar mesmo”, encerrou Camila.