3ª edição da Bienal Criança chega a Fortaleza com espetáculos de dança e uma série de atividades gratuitas

Após passagem pelo interior, a 3ª edição da Bienal Criança chega a Fortaleza com uma programação rica e diversificada. O evento oferece, ao total, cerca de 90 atividades, entre espetáculos e ações formativas

Onivaldo Neto
onivaldo@ootimista.com.br

A magia da dança e das artes em geral toma conta do Ceará com a 3ª edição da Bienal Criança. O evento, que integra a VIII Bienal Internacional de Dança do Ceará – De Par em Par, teve sua abertura oficial no último dia (11), em Paracuru, e segue até o dia (26). Na capital cearense, a programação tem início nesta sexta-feira (18). Levando arte e cultura para diferentes regiões do Estado, a iniciativa já percorreu os municípios de Trairi e São Gonçalo do Amarante. Pacatuba e Juazeiro do Norte também recebem o evento, que conta com cerca de 50 apresentações artísticas, de 24 trabalhos diferentes que exploram diversas linguagens, além de outras atividades interativas como oficinas, palestras, workshops, seminário, mostra de vídeos, visitas guiadas, dentre outras. Com entrada gratuita e acesso por ordem de chegada, o projeto idealiza oferecer um panorama amplo das possibilidades que a arte proporciona, estimulando o desenvolvimento e a inclusão de todas as crianças, especialmente neurodivergentes, pretas, indígenas ou que sejam alvo de discriminação.
“A Bienal Criança se baseia e é pensada por instituições parceiras como o Centro Cultural do Bom Jardim, os Cucas, a Vila das Artes e mais. Então nós todos trabalhamos juntos pensando em todos os espetáculos e nos artistas que são convidados (…) E criar oportunidades para que essas crianças possam ser as protagonistas, isso é a principal preocupação da gente. Quer dizer, que as crianças estejam em cima do palco”, afirma David Linhares, diretor do evento.

Artes
Explorando a plurivalência da arte cênica e visual, a Bienal Criança deste ano traz em seu roteiro atrações que vão desde o lúdico e infantil do teatro de bonecos e sombras, à dramaticidade e intensidade da dança contemporânea. Alguns exemplos são: O Barquinho e o Seu Pescador, de Evan Teixeira, Mistérios de Fim-Fim, espetáculo de Fátima Macedo, Favela: O Boom do Vixxi! e Volúvel, dos alunos da Formação Básica de Longa Duração em Dança da Escola de Cultura e Artes do CCBJ. Além das atrações nacionais, a atual edição também contará com a presença da francesa Fanny Vignals, e da portuguesa Natália Mendonça, convidadas internacionais que se apresentarão ao ar livre.
“Como curador eu tive o desejo de pensar essas questões das criações, que é muito importante para que esses artistas tenham produções em que eles possam circular ao longo do ano, e que eles possam ir a outros festivais. A gente fala muito na Bienal de Par em Par dessa questão da transversalidade. Nós trabalhamos o tempo todo com a dança em diálogo com outras linguagens, com vídeo, com o teatro e com o circo. Todas essas artes perpassam umas às outras, não existe dança sem dramaturgia, nem teatro sem dança”, pontua David.
Outro potencial explorado durante a Bienal é o da tecnologia. Por meio do “Futuros Emergentes”, um dos projetos internacionais presentes na programação das ações formativas do evento, o público poderá ter a experiência de produzir e criar conteúdo artístico e cultural para as redes sociais, como o Tik Tok. Eles terão apenas o auxílio de celulares e tablets, que nesse contexto se transformam em importantes ferramentas e instrumentos de aprendizado e expressão.
“Uma oficina de videodança e uma oficina também, que eu acho muito bacana, de Tik Tok. Como utilizar o telefone celular e esses programas como o Tik Tok de uma forma que seja legal para as crianças, que seja frutífera, que mostre uma outra forma deles ficarem parados na frente do computador. Quer dizer, não queremos o embate. Queremos entender como é que a gente pode trabalhar de outra forma o celular para dar enfoques culturais, para criar danças importantes e coreografias”, revela o diretor.

Itinerário
Após passar por Paracuru e Trairi, nos dias 11 e 12, e por São Gonçalo do Amarante, no dia 15, a Bienal segue agora para as demais cidades. Em Fortaleza, a intensa programação do evento ocorrerá nos dias 18, 22, 23, 24, 25 e 26 de outubro. Os Centros Culturais Unificados (Cucas) de José Walter, Jangurussu, Mondubim, Pici e Barra do Ceará serão transformados em verdadeiros centros de arte. Além dos Cucas, a Praça do Ferreira, a calçada do Theatro José de Alencar e os palcos do Theatro José de Alencar, do Teatro B. de Paiva (Hub Cultural Porto Dragão) e do Teatro Dragão do Mar também receberão apresentações especiais.
Nos dias 21, 23, 24 e 26 de outubro, Pacatuba recebe o evento com apresentações no Sobrado da Abolição, na Praça Mais Infância e no Centro de Artes e Esporte Unificado do bairro Jereissati III. Em Juazeiro do Norte, nos dias 24 e 25 de outubro, o Centro Cultural Banco do Nordeste do Cariri será o ponto de encontro para a criançada. A cidade do Crato também receberá a Bienal, proporcionando momentos de alegria e aprendizado para os pequenos.

Serviço:
3ª Bienal Criança
Em Fortaleza, de 18 a 26/10; em Pacatuba, de 21 a 26/10; e Juazeiro do Norte, dias 24 e 25/10.
Gratuito
Programação completa no site: www.bienadedanca.com e/ou no Instagram @bienaldedanca.
Outras informações: contato@bienaldedanca.com

RELACIONADOS

PUBLICIDADE

POPULARES