Primeira parte da série “Cem Anos de Solidão” chega à Netflix, inspirada na obra de Gabriel García Márquez

Cem Anos de Solidão, obra-prima literária do vencedor do Prêmio Nobel Gabriel García Márquez, chega à Netflix em formato de série, nesta semana. Produção é a primeira adaptação audiovisual do clássico de realismo mágico do escritor colombiano

Onivaldo Neto
onivaldo@ootimista.com.br

Uma história clássica da literatura mundial ganhará as telas do streaming. Adaptada do livro homônimo do autor Gabriel García Márquez, estreia na Netflix, nessa quarta-feira (11), a série Cem Anos de Solidão. Dirigida por Laura Mora e Alex García López, a produção será dividida em duas partes, com oito episódios em cada uma. A obra contou com o apoio da família de García Márquez e foi inteiramente filmada em espanhol, na Colômbia, de acordo com a Netflix.

Narrativa

Cem Anos de Solidão conta a saga da família Buendía, que começa quando os primos José Arcádio Buendía e Úrsula Iguarán desafiam as normas sociais ao se casarem contra a vontade dos pais. Determinados a deixar para trás as amarras do passado, o casal abandona o vilarejo onde vive e parte em uma jornada incerta, acompanhado por um pequeno grupo de amigos e aventureiros. Após atravessarem caminhos inóspitos, chegam às margens de um rio de águas cristalinas, onde decidem fundar uma cidade utópica que batizam de Macondo. O lugar rapidamente se transforma em um cenário mágico e caótico, onde o real e o fantástico se entrelaçam.

A narrativa acompanha as gerações da linhagem dos Buendía, que moldam o destino dessa cidade mítica enquanto são atormentados por dilemas humanos universais e pela loucura, além dos eventos sobrenaturais, as paixões avassaladoras, os amores impossíveis e muitos conflitos internos. Para completar, uma guerra sangrenta e absurda ameaça a estabilidade do lugarejo. Ao longo da trama, a cidade próspera, declina e se reinventa, sempre assombrada pelo medo de uma terrível maldição que paira sobre a família: viver cem anos de solidão.

A produção é estrelada por Claudio Cataño, como o Coronel Aureliano Buendía na fase adulta, Jerónimo Barón, como Aureliano Buendía enquanto criança, e Marco González, vivendo José Arcádio Buendía. Também fazem parte da equipe do seriado os filhos de García Márquez, Rodrigo García e Gonzalo García Barcha, como produtores executivos, e Laura Mora Ortega e Alex García López na direção da obra.

Legado

Em comunicado divulgado à imprensa, a diretora Laura Mora falou sobre a importância de respeitar o legado de García Márquez e a obra original. A profissional refletiu ainda sobre os desafios e a honra de dar vida à lendária história dos Buendía, preservando a essência e a profundidade que fizeram do romance um marco da literatura mundial. “Como cineasta e como colombiana, tem sido uma honra e um enorme desafio trabalhar em um projeto tão complexo e que carrega tanta responsabilidade como Cem Anos de Solidão, sempre buscando entender a diferença entre a linguagem literária e a audiovisual, e poder construir imagens que contenham a beleza, a poesia e a profundidade de uma obra que impactou o mundo inteiro”, pontua.

Já Alex García López destacou o compromisso da equipe em honrar a grandiosidade de Cem Anos de Solidão. Segundo ele, o objetivo central da adaptação foi construir uma obra que fosse autêntica e, ao mesmo tempo, à altura das grandes produções internacionais. “Porque a história merece”, afirmou o diretor, reforçando o comprometimento de levar a narrativa icônica de Gabriel García Márquez ao público global com a mesma profundidade e impacto do livro clássico.

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Assista ao trailer:

serviço

Série Cem anos de Solidão
Já disponível na Netflix
Primeira parte contada
em 8 episódios

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