Com mudanças climáticas, tensões geopolíticas e avanços imprevisíveis em inteligência artificial, os super-ricos estão redefinindo suas prioridades. A busca por segurança e isolamento está moldando o mercado imobiliário de alto luxo, que se concentra em refúgios sustentáveis e exclusivos em lugares como Nova Zelândia, Austrália, Havaí e Costa Rica.
No cenário global cada vez mais marcado por instabilidades, os indivíduos de ultra-alta renda líquida (UHNW, na sigla em inglês) estão ampliando suas estratégias para preservar não apenas sua riqueza, mas também sua tranquilidade. Ken Jacobs, da Private Property Global, destaca que, após a pandemia, muitos super-ricos começaram a valorizar refúgios autossustentáveis como forma de se preparar para possíveis crises futuras.
Locais como a Nova Zelândia e a Austrália, com suas paisagens remotas e estabilidade política, têm se tornado os novos destinos desejados por esses compradores seletos.
No Havaí, o bilionário Mark Zuckerberg exemplifica essa tendência com um projeto audacioso na ilha de Kauai. O empreendimento inclui duas mansões cercadas por torres de vigilância, um bunker subterrâneo autossuficiente e uma área total equivalente a um campo de futebol americano. De acordo com a Wired, o investimento de mais de US$ 270 milhões transforma a propriedade em um verdadeiro santuário tecnológico, isolado e seguro.
Enquanto ilhas privadas são vistas como o ápice do isolamento, locais como Costa Rica e Polinésia Francesa também estão atraindo atenção crescente. A Costa Rica, por exemplo, combina estabilidade política, baixa corrupção e práticas ecológicas reconhecidas pela ONU, tornando-se uma escolha preferida na América Central.