Exposição imersiva “Fósseis do Cariri” explora as riquezas paleontológicas do Ceará no MIS

A exposição imersiva Fósseis do Cariri está aberta para visitação no Museu da Imagem e do Som do Ceará. Com entrada gratuita, a mostra utiliza projeção mapeada e animações para transportar o público direto para o período Cretáceo

Onivaldo Neto
onivaldo@ootimista.com.br

O Museu da Imagem e do Som do Ceará (MIS-CE) convida o público para uma fascinante experiência imersiva com a exposição Fósseis do Cariri. De livre acesso, a mostra recém-inaugurada procura reproduzir os ecossistemas fossilizados da Bacia do Araripe, um dos mais importantes patrimônios paleontológicos do mundo. Dirigida por Adriano Oliveira, professor do curso de Sistemas e Mídias Digitais da Universidade Federal do Ceará (UFC), e produzida pelo Laboratório de Visualizações Interativas e Simulações (Labvis-UFC), em parceria com a Lunart Estúdio de Animação, a exposição une alta tecnologia, conhecimento científico e arte.

Ao adentrar na exposição, os visitantes voltam 100 milhões de anos, direto ao período Cretáceo, quando a região que hoje conhecemos como Chapada do Araripe era habitada por uma rica diversidade de vida, composta por uma extraordinária fauna e uma exuberante flora. Mais de 50 espécimes foram recriados por paleoartistas experientes, incluindo cinco dinossauros, nove pterossauros, dois crocodilomorfos, duas tartarugas, 16 peixes e mais de 15 espécies de plantas.

“O início do trabalho foi uma longa pesquisa sobre o tema. Contamos com um consultor científico, o professor José Xavier Neto, e também com muitas informações advindas de entrevistas com pesquisadores renomados, como o professor Álamo Saraiva, da URCA. Em seguida, fomos atrás de paleoartistas especializados na recriação realista de animais extintos. Tivemos a sorte de encontrar um grupo brasileiro autodenominado ‘World of The Dead’, formado por jovens artistas com experiência e conhecimento, espalhados pelo Brasil, sendo a maioria do Nordeste. Dois deles são do Interior do Ceará”, detalha Adriano Oliveira.

Com duração de 15 minutos, a experiência imersiva conta com uma projeção mapeada de alta resolução nas paredes e no piso da sala imersiva do MIS. A mostra combina vídeos, ilustrações e animações 2D e 3D, criando um ambiente envolvente e educativo. A trilha sonora com som espacializado complementa a experiência, intensificando a imersão no passado. “O foco do show na Sala Imersiva foi oferecer uma multiplicidade de estímulos lúdicos para a plateia. Então, temos uma abertura com uma temática sideral, depois passamos por um sobrevoo de drone na Chapada, temos um momento com um apresentador, uma animação 2D, realizada pelo conceituado animador cearense Neil Rezende, e, por fim, uma recriação realista dos ecossistemas extintos”, descreve Oliveira.

Além da imersão no período Cretáceo, os visitantes podem vivenciar uma experiência interativa e divertida com o uso da realidade aumentada na praça dos MIS. Ao apontar a câmera do celular para os QR Codes exibidos em um painel de LED, imagens 3D dos animais pré-históricos surgirão na tela, criando a ilusão de que eles estão presentes no MIS. A tecnologia permite ainda que os visitantes fotografem e filmem a si interagindo com as criaturas virtuais, criando memórias únicas e compartilháveis. “O principal recurso adicional é a projeção de animais extintos através de realidade aumentada, que está fazendo bastante sucesso entre adultos e crianças”, relata o professor.

O diretor destaca ainda a importância de iniciativas que se aproximam do público da ciência e da história natural. O profissional ressalta o papel do Ceará como um dos principais pontos de referência para estudos sobre a evolução da vida na Terra e enfatiza a necessidade de conscientização. “É fundamental que a população tome conhecimento da relevância do Ceará para a pesquisa da evolução da vida em nosso planeta. É preciso conhecer e preservar essa riqueza”, pontua.

serviço

Exposição Fósseis do Cariri
Museu da Imagem e do Som Ceará
Av. Barão de Studart, 410, Meireles
Entrada: gratuita.
Mais informações: @mis_ceara e mis-ce.org.br

 

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