A emocionante infância de Nelson Mandela será revisitada na CAIXA Cultural Fortaleza. Menino Mandela, musical infanto-juvenil, retrata os primeiros anos de vida do líder sul-africano, suas relações familiares, e o despertar dos seus ideais
Onivaldo Neto
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Prometendo encantar crianças e adultos, chega à CAIXA Cultural Fortaleza o musical infanto-juvenil Menino Mandela. Com texto de Ricardo Gomes e Mariana Jaspe, direção artística e idealização de Arlindo Lopes, o espetáculo proporciona uma viagem à infância de Nelson Mandela (1918-2013), um dos maiores ícones da história mundial. A peça será apresentada nos dias 24, 25, 26 e 31 de janeiro e 1º e 2 de fevereiro. Com os atores Abraão Kimberley, Sara Hana, Tati Christine, Wladimir Pinheiro e Vanessa Pascale no elenco, show utiliza uma linguagem poética e leve, combinando canções originais, bonecos e danças africanas para retratar uma das fases mais felizes da vida de Mandela.
“É um espetáculo para toda a família, um espetáculo que traz uma apresentação de uma África para que as crianças se conectem com as imagens, com os sons da nossa trilha sonora… Nós temos bonecos que ajudam também a contar história e muitas danças. É um espetáculo que reúne muita alegria e também partes mais tristes, porque ele teve passagens muito tristes na vida. Acho que é um espetáculo que pode emocionar as pessoas e também divertir”, conta o idealizador Arlindo Lopes.
Enredo
A narrativa tem início quando Zoe, neta de Mandela, precisa realizar um trabalho escolar sobre a vida do avô e sua infância na aldeia sul-africana de Qunu. Em uma conversa com o avô, enquanto revivem memórias preciosas, uma “fenda no espaço-tempo” transporta Zoe para o ano de 1926. Lá, ela encontra o menino Rolihlahla, nome de batismo de Mandela, vivendo intensamente sua infância entre brincadeiras, responsabilidades e os ensinamentos dos anciãos de sua tribo.
A peça também retrata um momento importante na vida de Mandela: o início de sua vida escolar, quando recebe de sua professora o nome Nelson. Imerso em um mundo repleto de novos hábitos e saberes, o menino enfrenta a dolorosa perda precoce do pai e a despedida da mãe, que o entrega aos cuidados de seu tutor, o Rei Jongintaba. A partir desse momento, o jovem Nelson se vê diante de um mundo desconhecido e marcado pela desigualdade racial, tema que marcaria profundamente sua vida e sua luta.
“O espetáculo busca transmitir essa mensagem da liberdade o tempo inteiro. A gente está falando sobre isso o tempo todo. Temos uma menina que vem do futuro e que já vive em um mundo completamente diferente, por conta, inclusive, de uma luta que o próprio avô travou. Um planeta para que as pessoas fossem respeitadas, que a gente tivesse uma sociedade mais igualitária. Mas, ao mesmo tempo, a gente quer falar sobre essa liberdade porque ele em algum momento é aprisionado. Então, ela [Zoe] tem contato com esse menino que vivia naquele povoado com os animais e com a natureza de uma forma muito livre”, pontua o idealizador.
Oficina
Além do espetáculo, será ofertada a oficina gratuita “Artista na Criação e Produção”, ministrada pelo ator, diretor e produtor Arlindo Lopes. A atividade acontecerá nos dias 25 de janeiro e 1º de fevereiro, das 10h às 13h, e é voltada para estudantes de teatro e profissionais da área. A oficina tem como objetivo principal desmistificar a crença de que artistas não devem se envolver com a produção de seus trabalhos.