O fenômeno do “overtourism” — o turismo excessivo — continua a ser uma das questões mais urgentes no setor em 2024, afetando destinos que enfrentam superlotação, degradação ambiental e conflitos entre turistas e moradores. Diante disso, a Fodor’s divulgou sua “No List” 2025, que inclui lugares onde o impacto do turismo é tão severo que requer uma reflexão cuidadosa antes de visitá-los.
Na Europa, locais emblemáticos como Barcelona, Santorini e Amsterdã adotaram medidas rígidas para mitigar os impactos do turismo de massa. Em Barcelona, a retirada de rotas de ônibus populares e a crescente tensão entre moradores e turistas culminaram em protestos públicos. Em Santorini, a proibição de novas construções e restrições aos cruzeiros foram implementadas para proteger recursos hídricos e o frágil ecossistema. Já Amsterdã vetou a construção de novos hotéis e priorizou soluções sustentáveis.
Além dos destinos europeus, a lista da Fodor’s destaca locais em outros continentes que enfrentam desafios ainda maiores. Em Bali, Indonésia, apenas 7% das 303 mil toneladas de plástico geradas anualmente são recicladas, impactando o meio ambiente e a comunidade local. Koh Samui, na Tailândia, está sobrecarregada por 3,4 milhões de turistas e 200 toneladas de lixo diário. Já no Monte Everest, o turismo extremo produz quase 800 quilos de resíduos diários, ameaçando a biodiversidade da região.
Além dos destinos superlotados, a lista alerta para locais que começam a dar sinais de esgotamento, como Kerala (Índia), Kyoto e Tóquio (Japão) e Agrigento (Itália). Nessas regiões, a infraestrutura e os recursos naturais já mostram fragilidade devido à crescente demanda turística.