A experiência completa da rede Hard Rock no Ceará

Confira os melhores momentos em vídeo e a íntegra da entrevista no texto abaixo:

Fortaleza entrou recentemente no seleto rol de destinos turísticos que sediam um Hard Rock Café, no shopping RioMar Fortaleza e, a partir de 2020, um Hard Rock Hotel, na praia da Lagoinha, a 120 km da capital.

Com a entrada no Brasil há dois anos, a rede internacional traz para o País toda a experiência Hard Rock dos demais hotéis e restaurantes do mundo. Exceto pequenas alterações nos cardápios (entre 5% e 10%) para contemplar a cultura culinária de cada local, tudo é exatamente igual nos 196 cafés espalhados em 59 países. Além disso, os hotéis, mesmo construídos por investidores locais, são operados pela própria Hard Rock.

A lendária rede de restaurantes projetados como templos do rock abriga coleções de artigos usados pelos maiores rockstars do planeta, diversos produtos licenciados inspirados no universo da música e um dos hambúrgueres mais famosos do mundo. Fundada em 1971, passou a investir em hotéis em 2006, quando um grupo que operava cassinos nos Estados Unidos adquiriu a marca e os adaptaram. “Aí fizeram pesquisas e constataram que a grande maioria ia para os hotéis e não jogava, perceberam que tinham um excelente produto na mão e, a partir de 2007, começaram a desenvolver a hotelaria”, conta o presidente do fundo de investimentos Venture Capital Investimentos – VCI S.A., Samuel Scchierolli.

O VCI atua em fundos de participação, desenvolvimento imobiliário e capital de risco e é o responsável pela marca no Brasil. O grupo trouxe a Hard Rock para o Brasil após injeção de R$ 327 milhões do fundo KCM, de Cingapura. No Ceará há vários investidores locais, liderados pelo empresário Rodrigo Ponte, responsável pela operação do café.

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Rodrigo Ponte comanda o restaurante do RioMar e é investidor do Hard Rock Hotel.

Até 2022 o grupo terá, além dos cafés, hotéis Ilha do Sol (Londrina, PR), Caldas Novas (GO), São Paulo (SP), Foz do Iguaçu (PR), Recife (PE) e Natal (RN), além da unidade em Lagoinha, todos feitos em parceria com investidores locais. No Ceará, a unidade terá 275 apartamentos no bloco hoteleiro e um condomínio anexo com 42 casas acima de 300 m² e 135 apartamentos de 110 m² que terão acesso a todos os serviços do resort e todas as vantagens do oferecidas pela Hard Rock, como shows, receptivos e brindes nos hotéis, e várias promoções exclusivas.

Como surgiu a ideia de trazer um café e um hotel Hard Rock para Fortaleza?

SAMUEL SCCHIEROLLI: Começou há seis anos. A gente trabalhava com desenvolvimento de projetos imobiliários e teve esse boom da venda fracionada, que é ter multipropietários para cada apartamento. Ela já é comum nos Estados Unidos, no México e na Ásia, onde o Hard Rock já opera. Eles verificaram espaço para ter isso no Brasil e fizemos toda a operação de preparação, abrimos capital, contamos também com aportes de um fundo de investimento de Cingapura conosco e fizemos a estruturação para trazer a marca para o Brasil.

RODRIGO PONTE: O Hard Rock é um marco para Fortaleza, é um projeto inovador no mercado local. O café tem 1,7 mil m², palco, varanda e espaço para eventos. Inclusive, o mezanino será usado para dar suporte às vendas do hotel. E o cardápio é basicamente o mesmo, com pequenas alterações, como o hambúrguer de carne de sol com queijo coalho e salada de camarão, que não tem em outros locais.

O conceito do café também estará presente no hotel?

SAMUEL: O Hard Rock é um produto up scale, temático, com entretenimento muito ligado ao produto, com drinques, bares, shows, programação… enfim, você tem o foco do entretenimento dentro do equipamento, e é isso que diferencia um Hard Rock Hotel dos demais.

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Presidente da VCI S.A., Samuel Scchierolli é responsável pela Hard Rock no Brasil.

Estes itens são obrigatórios?

SAMUEL: Exatamente. Você tem um requerimento mínimo de padrão, aí envolve tamanho de quarto, número de funcionários, padrão de colchão, de aparelho de som, TV e ar condicionado. Um padrão que é da marca. E o hotel é administrado pela própria Hard Rock Internacional, nós entramos como investidores locais. Isso é uma exigência contratual para manter o padrão da marca no mundo todo. Em Fortaleza, São Paulo, Orlando ou Cingapura, a sensação do cliente tem que ser a mesma.

O Hard Rock vai elevar o padrão da hotelaria cearense?

SAMUEL: O mercado brasileiro de hotelaria hoje é muito familiar. para se ter uma ideia, 87% não tem marca e só 3% são de bandeiras internacionais, e a maioria dessas marcas estão voltadas para o segmento econômico. A hotelaria no Brasil todo, não só no Ceará, é concentrada em poucas famílias. Já o Hard Rock Hotel é um produto que tem um diferencial muito grande em relação aos empreendimentos locais e certamente vai trazer um padrão internacional pro Ceará.

RODRIGO: O Hard Rock veio para mudar o padrão de atendimento em Fortaleza, sem dúvida. Fizemos uma imersão na marca de 45 dias, fiz treinamentos em duas casas, Gramado e Curitiba, e toda a equipe do café, que não é pequena – são 151 pessoas -, está bem afinada. Tanto que tivemos uma excelente resposta do público e, mesmo em soft opening, já atendemos mais de mil pessoas por dia.

A Hard Rock também é conhecida pelos shows e pela Hard Rock Live, com espaços da marca em grandes eventos. Teremos esse projeto em Fortaleza também?

RODRIGO: Em um segundo momento vamos fazer eventos fora do café, tanto shows quanto camarotes com a assinatura Hard Rock Live. Serão tantos shows próprios produzidos por nós quanto parcerias com outras produtoras para ter um espaço própria da marca. E a rede está sempre se reinventado, deixou de ser uma casa somente de rock e hoje é voltada para a música. Vamos implementar uma agenda de shows que dará vez também a bandas da terra, DJs etc.

Foram mais de cinco anos até a escolha do local para a construção do hotel. Quais foram as maiores dificuldades até lá?

SAMUEL: Tem uma série de dificuldades pra implantar a marcar aqui. Por exemplo, se a cidade é litorânea, obrigatoriamente o Hard Rock Hotel fica de frente pro mar, tem que estar no máximo uma hora do aeroporto, tem que ter uma certa exclusividade, ou seja, não ter vizinhos ou elementos que prejudiquem a operação do hotel, tamanho de quarto… Ficamos cinco anos e meio buscando os locais. Por um lado é uma barreira de entrada, tem que ter seguros internacionais, recursos fora do Brasil que garantam a construção, tem uma série de exigências para evitar qualquer risco para a marca. Por outro, você tem segurança e garantia de que o investimento vai dar certo.

Para quem quer investir, quais são as vantagens de comprar unidades no Hard Rock Hotel?

SAMUEL: Além de ser um resort operado diretamente pela Hard Rock International, a compra das unidades parte de um sistema bastante inteligente, onde você paga pelo que usa. São três opções: duas ou quatro semanas (a maioria das vendas é de quatro semanas) por ano e você pode ou usar todas as semanas, usar uma parte e fazer intercâmbio com a outra em quatro mil hotéis do mundo (rede RCI), e também a opção de colocar esse produto no pool para a Hard Rock explorar. Do ponto de vista de solução, você tem um local para férias, é um patrimônio com matrícula, com tudo, se cansar daquele destino tem outros 4 mil no mundo ou pode deixar para a Hard Rock explorar. São N vantagens se comparar com uma segunda moradia isolada, e tem um uso muito mais eficiente.

Qual o balanço que você faz das vendas de unidades no Hard Rock Hotel da praia da Lagoinha até o momento, e a partir de qual valor os interessados podem investir?

SAMUEL: Ultrapassamos os R$ 150 milhões em vendas, o que dá mais ou menos 20% da operação. E foi uma boa surpresa, pois estamos com pouco mais de seis meses de comercialização. Começa a R$ 75 mil nos apartamentos e vai até R$ 350 mil nas casas, por duas semanas.

 

 

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