O filme brasileiro “Ainda Estou Aqui”, protagonizado por Fernanda Torres e Selton Mello e com a participação especial de Fernanda Montenegro, liderou a bilheteria nacional em sua estreia. Em apenas quatro dias, o longa arrecadou mais de R$ 1 milhão e atraiu quase 50 mil espectadores, superando blockbusters internacionais como “Venom 3 – A Última Rodada”, que ocupou a segunda posição com 35 mil ingressos vendidos.
A produção, dirigida por Walter Salles e inspirada na história real de Eunice Paiva, mãe do escritor Marcelo Rubens Paiva, narra a luta da família contra a repressão durante a ditadura militar. Com grande expectativa por parte do público e da crítica, “Ainda Estou Aqui” também representa o Brasil na disputa pelo Oscar 2025, aumentando ainda mais a expectativa em torno do filme.
Marcos Barros, presidente da Associação Brasileira das Empresas Exibidoras Cinematográficas Operadoras de Multiplex (Abraplex), celebrou o sucesso da estreia, destacando a importância do cinema nacional. “Ver um filme brasileiro com uma campanha tão bem estruturada e desempenho positivo é gratificante. Esse sucesso é fundamental para a sustentabilidade do parque exibidor”, afirmou. Barros também mencionou o aguardado lançamento de “O Auto da Compadecida 2” em dezembro, que deve fortalecer o mercado.
Apesar do aumento de arrecadação de filmes nacionais no início de 2024, que dobrou em relação ao ano anterior, o executivo ressaltou a necessidade de políticas de incentivo que valorizem o sucesso comercial dos filmes, promovendo tanto a oferta de produções nacionais quanto o retorno financeiro. Em 2023, os filmes brasileiros representaram 13% das sessões de cinema no país, mas apenas 3% do market share, uma diferença que, segundo Barros, poderia ser amenizada com iniciativas conjuntas que reforcem o apelo comercial do cinema nacional.