Recém chegada ao mercado cearense, a Volkswagen Meira Lins, com mais de 60 anos de tradição em Pernambuco, traz o peso da sua tradição no estado vizinho para incrementar as vendas no Ceará, Estado onde a montadora alemã tem a menor participação no Brasil.
De acordo com a superintendente da loja, Aline Teixeira, a marca tem como objetivo crescer 34%. “Parece bem otimista, mas isso já aconteceu de 2017 para 2018, quando o mercado cresceu 7,29% no Brasil e a Volks cresceu 35,96%, impulsionada pelos lançamentos do novo Polo, do Virtus e da nova Tiguan, além das novas versões da Amarok”, avalia.
Um dos principais responsáveis por esse crescimento deve ser o SUV médio T-Cross, que chega às lojas no dia 13 de abril para entrar em uma briga onde, até então, a Volkswagen não tinha competidor. Com duas motorizações, uma 1.0 TSI de três cilindros e 128 CV de potência e outra 1.4 TSI com quatro cilindros e 150 CV, terá versões a partir de R$ 85 mil. De acordo com Aline, as 800 unidades disponibilizadas para pré-venda no mercado cearense foi esgotada em pouco mais de 24 horas.
A executiva chegou ao grupo Meira Lins como estagiária há 14 anos e passou por diversos setores da empresa, que tem além de Fortaleza, outras três unidades em Pernambuco. “Já percorri vários setores da concessionária, atuei no pós vendas, fui vendedora, gerente comercial, gerente filial e de matriz e foi minha única experiência, então sou extremamente apaixonada pela marca”, entrega.
A Meira Lins chegou para competir com concessionárias que atuam há muitos anos com a marca. Há demanda reprimida pra a marca?
VW tem muito a crescer no Ceará como um todo, na praça de Fortaleza principalmente. Atualmente o share da VW aqui é o menor share do Brasil inteiro, bem menor até do que a a região Nordeste, então temos muito espaço para crescer. Estamos buscando os clientes da carteira da concessionária antiga, mas independente disso, temos muita oportunidade de aumento de venda. Só para se ter uma ideia, comparando 2017 com 2018, a VW varejo teve um crescimento em torno de 7% e aqui no Ceará só foi de 2,76%. Este ano a VW tem o objetivo de crescer 34%, o setor deve crescer 15% no Nordeste e 12% no Brasil, mas o nosso desafio é perseguir os 34%. A gente tá vindo aí com o T-Cross, que é um carro bem desejado.
Esse crescimento deve vir principalmente do segmento corporativo ou do varejo?
Nos dois, mas estamos apostando mesmo é no cliente final. Vamos entrar no segmento SUV médio, que a gente não tinha, o Polo e o Virtus que já estão consolidados no mercado, então tem bastante oportunidade, tanto no varejo quanto no corporativo. A Meira Lins vem com um novo conceito baseado na ‘nova Volkswagen’, voltado para a eficiência e a satisfação do cliente, para reforçar a presença da marca na praça. A gente procura estar cada vez mais perto do cliente, oferecendo o a linha que está bem nova, os modelos foram todos renovados nos últimos anos e trazem muita tecnologia e design moderno, que era um ponto que a gente vinha perdendo talvez pela demora na renovação.
Os 60 anos da Meira Lins é o principal trunfo para este resultado?
É a que mais vende VW no Nordeste, viemos com a força de um trabalho de 60 anos em Pernambuco, além de ter sido a primeira concessionária do grupo ADTSA, há mais de 30 anos. Hoje são 18 concessionárias em Pernambuco e no Ceará e tivemos a oportunidade de trazer essa nova Volkswagen, como diz o slogan da marca, com antedimento diferenciado, pensando na satisfação do cliente. Nós somos pesquisados pelo programa CEM da montadora, para manter as cinco estrelas dadas pelo cliente. Nossa visão não é só de vender o produto, mas de manter um relacionamento com o cliente, para que ele saia satisfeito da concessionária. A nossa loja está toda dentro dos novos padrões da marca, com pórtico, ilhas individuais, sala de espera, oficina ampla, tudo pronto para receber bem.
O T-Cross deve ser o produto mais vendido?
O Polo é o mais vendido, mas o T-Cross é o produto que ainda não temos. De porte menor que a Tiguan, parte de R$ 85 mil e vai disputar com Kiks, Renegade, HR-V etc., uma tendência cada vez mais forte e a Volks não estava aproveitando esse mercado.
Quais são as ações que a Meira Lins vem apostando para abrir mercado?
Começamos um trabalho focado no público PCD (pessoas com deficiência), junto aos despachantes especializados. É um público carente de conhecimento até, porque há muita burocracia com documentação, e a gente tem uma parceria com despachante para oferecer um atendimento personalizado. Vamos dar para o cliente PCD o serviço de despachante. É uma economia de mil ou 1,5 mil com a burocracia de documentação, laudos, etc., além do desconto de direito. É uma cortesia de todo o grupo ADTSA, não só a Meira Lins, mas também da Regence (Renault), da Silcar (Chevrolet) e da Pigalle (Citroën).
A Meira Lins é fruto de uma negociação entre os grupos GNC, da Bahia, e o ADTSA. Como se deu essa decisão de trazer a rede pra cá?
Bruno Tude (presidente da Administradora Tude – ADTSA), nosso titular, já estava querendo abrir uma nova unidade neste ponto e por questão estratégica queria focar em outro mercado, só tinha de BMW no grupo a Welle. E isso convergiu com o interesse do grupo GNC de se fortalecer no segmento premium, eles já trabalhavam com a marca na Bahia. Aí surgiu a oportunidade de trazer a Meira Lins pra cá, agregando a tradição da empresa. Essa é a quarta loja com a bandeira, que é a primeira das 18 lojas do grupo, então me sinto cuidando do filho mais velho e o do filho mais novo ao mesmo tempo.