Artista plástico Sérgio Helle abre a exposição “Águas de Março” nesta terça-feira

O artista plástico cearense Sérgio Helle abre amanhã, virtualmente, “Águas de Março”, sua maior exposição individual. A mostra traz 50 trabalhos do artista, que compõem as séries Resurgentis e Paradisus e dialogam sobre os ciclos de vida-morte-vida da natureza

Emanuel Furtado
emanuelfurtado@ootimista.com.br

Pinturas, instalações em técnicas variadas e infogravuras sobre papel, tecido e pedra Cariri permeiam a exposição “Águas de Março”, do artista cearense Sérgio Helle, que será aberta na noite desta terça-feira (30/3), no Espaço Cultural da Unifor. 

A curadoria traz a assinatura da jornalista e ex-diretora do Theatro José de Alencar, Izabel Gurgel. Por conta da pandemia, a transmissão do evento será feita pelos perfis das redes sociais da Universidade de Fortaleza: Instagram, YouTube e Facebook.

A mostra, composta pelas séries Resurgentis (infogravuras criadas durante a pandemia) e Paradisus, apresenta 50 obras do artista plástico. “Acho que seria previsível que em tempos tão pesados e sombrios isso iria se refletir de alguma forma no trabalho. Resurgentis começou assim, como se fosse uma vertente da série anterior, Paradisus. Ainda tendo a natureza, a vida e a morte como referência, o cenário ficou mais cinza e sombrio, as imagens mais nítidas, quase fotográficas. Mas sou uma pessoa otimista, sempre. Dessa destruição surgem insetos e a vida rebrota. Mostrar a força e a resistência da vida nunca foi tão essencial”, explica o artista plástico.

Sobre as inspirações para criar as obras e as técnicas usadas para essa composição, Sérgio Helle diz: “Talvez pela atual situação política do País e a destruição cada vez mais crescente de nossas florestas, passei a perceber cada planta que brotava do seco, da aridez, do cimento, como se a vida resistisse apesar de tanta destruição. Quando veio a pandemia, essas imagens não me saíam da cabeça. Assim surgiu a série Resurgentis. Acho que o meu trabalho é um mosaico, quase um quebra-cabeça, onde combino imagens coletadas por mim, criando um universo pessoal. Com critérios intuitivos, estéticos e em alguns casos até panfletários”.

Ele lembra que, desde meados dos anos de 1990, incorporou o uso do computador como ferramenta de trabalho. “Nessas últimas décadas, a tecnologia evoluiu e permitiu que o gesto de pintar fosse ficando cada vez mais orgânico e natural. Também faço pinturas com acrílico e técnica mista. Chamo as pinturas executadas no computador de infogravuras. São obras em série, assinadas e numeradas, impressas em tela, pedra e linho”, conta Helle.

O despertar para a arte

“Minha mais remota lembrança de infância é desenhando. Nasci no Crato e vim morar com a família em Fortaleza, aos dez anos de idade. Ao chegar já comecei a estudar pintura. Trabalhei por muitos anos também com publicidade, mas nunca parei de pintar e participar de exposições. Há sete anos passei a me dedicar em tempo integral à arte”, conta Sérgio Helle.

Serviço:
Abertura virtual da exposição “Águas de Março”, do artista plástico Sérgio Helle
Nesta terça-feira (30)
19 horas
Nos perfis (Instagram, YouTube e Facebook) da Universidade de Fortaleza: @uniforcomunica / @uniforoficial)
Informações sobre previsão de abertura para visita presencial pelo
telefone 3477.3319.

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