Para encerrar o giro do Tapis Rouge pela Oceania, não poderia faltar o maior país do continente, a Austrália. A ilha é quase tão grande quanto o Brasil – são quase 7,7 milhões de quilômetros quadrados, e 8,5 nossos – e relevo e clima tão diversos que variam de desertos a cumes nevados.
Essas condições únicas produziram na terra dos aussie, como os australianos identificam a si e aos seus ícones, fauna e flora tão peculiares que alguns exemplares são considerados “fósseis vivos”. É o caso das famílias de plantas cicadas e xantorréias, e dos casuares, aves não muito amigáveis com humanos que correm, saltam e tem garras que podem chegar a 13 cm. Além disso, muitas praias, tanto oceânicas quanto em baías e, claro, a maior barreira de corais do mundo, com mais de 2 mil km de extensão e fundamental para o equilíbrio ecológico dos oceanos.
Se a natureza tão diferenciada não for motivo suficiente para enfrentar a longa viagem, as cidades são modernas, organizadas, cosmopolitas e é vice no atual ranking do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), atrás apenas da Noruega e à frente da Suíça.
As grandes metrópoles, como Sidney, Meulborne e Perth têm vida cultural intensa, eventos frequentes e restaurantes badalados. Delas, a maior é Sidney, com aproximadamente cinco milhões de habitantes e famosa por sua Ópera, o maior símbolo edificado da Austrália. A aristocrática Melbourne é a capital financeira e tem belos edifícios antigos, herança do ciclo do ouro, na segunda metade do século XIX.
Já a industrial Perth, com mais de dois milhões de habitantes, é considerada a metrópole mais isolada do mundo. Com arquitetura colonial mesclada a prédios modernos, a única capital australiana no Oceano Índico possui ótimos pontos para surfe e museus dedicados à arte e a cultura aborígene. Também não deixe de fora do roteiro a elegante Adelaide, na parte sul da Austrália, com muitos prédios do período colonial e cercada por vales onde estão as melhores vinícolas do país.