Todos os anos durante o mês de maio uma cidade volta à tona na imprensa mundial: Cannes, na badalada Côte D’Azur, sedia se não o principal, um dos festivais de cinema mais respeitados do mundo. Neste ano os brasileiros ouviram falar ainda mais no balneário do sul da França, graças a dois prêmios ganhos por brasileiros – o cineasta cearense Karin Ainouz venceu a mostra Um certo olhar com A vida invisível de Eurídice Gusmão, e o pernambucano Kleber Mendonça Filho, que foi o primeiro brasileiro a venceu o Prêmio do Juri, com Bacurau.
Desde 1946 a cidade respira no começo da primavera o glamour do cinema e o desfile de celebridades nas ruas durante o Festival de Cannes, além de vários outros festivais de arte que ocorrem até o fim do verão, como o Lions, cujo prêmios Leões de Ouro habitam os sonhos de 10 em cada 10 publicitários; e o do Midem, uma tradicional feira de música realizada desde 1967.
Porém, pelo menos 100 anos antes das estrelas de cinema desfilarem rumo ao Palais des Festivals, sede do festival, Cannes já era procurada como destino de verão por nobres e abastados de toda a Europa, principalmente do resto França e do Reino Unido. Motivos não faltavam: as águas azuis do Mediterrâneo, os verões quentes, ilhas nos arredores, encostas com vistas de tirar o fôlego e a culinária típica da riviera francesa transformaram a antiga vila de pescadores e agricultores em um dos principais destinos turísticos da Europa. Hoje, mesmo com menos de 100 mil habitantes, Cannes tem só perde para Paris no número de hotéis e de restaurantes badalados.
Com as facilidades do voo direto entre Fortaleza e Paris pela Air France e os serviços especializados da Casablanca Turismo, inclusive de voos e TGV (trens de alta velocidade) ficou muito mais fácil conhecer a cidade dos festivais.
Para além do glamour dos eventos, da gastronomia e das compras na elegante avenida La Croisette (onde também fica o Palais), não deixe de conferir o Le Suquet, a parte mais antiga de Cannes, com vielas cheias de restaurantes e ateliês de artistas, estilistas e designers; as ilhas Lérins, a cerca de meia hora de barco; o Museu Picasso, com 240 trabalhos do gênio espanhol, localizado em Antibes, uma cidade entre Nice e Cannes; e o Marché Forville, especializado em pescados e produtos do sul da França. Outra possibilidade é alugar um carro e dar uma volta pelas cidades vizinhas da riviera, como Nice, a apenas 33 km; Grasse, também conhecida como a capital dos perfumes, a 18 km, e Mônaco, a 54 km de distância.