Sâmya Mesquita 

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O último suspiro cinematográfico de 2023 revelou-se uma celebração ao cinema nacional, marcando o encerramento do ano com duas produções que conquistaram o público. Mamonas Assassinas: O Filme e Minha Irmã e Eu emergiram como destaques, cada um trazendo sua própria essência à tela e reafirmando o vigor da sétima arte no Brasil.

Primeiro, uma explosão de nostalgia tomou conta das salas com a cinebiografia inspirada na banda Mamonas Assassinas. Com estreia em 28 de dezembro último, o filme não apenas inaugurou o maior circuito nacional da história, com 1054 salas e 695 cinemas, mas também ostentou a terceira maior abertura dos últimos cinco anos. O diretor Edson Spinello e o roteirista Carlos Lombardi guiaram o público por uma viagem emocional, vívida e pulsante, apresentando os clássicos Pelados em Santos, Vira-Vira, e Robocop Gay para além dos shows. As sessões lotadas testemunharam a conexão do público com a história dos meninos de Guarulhos que partiram cedo demais, em 1996, mas deixaram um legado na música popular brasileira.

Em paralelo, o cinema brasileiro brindou os espectadores com a comédia Minha Irmã e Eu, dirigida por Susana Garcia e protagonizada por Ingrid Guimarães e Tatá Werneck. A produção mergulha nas vidas opostas das irmãs Mirian e Mirelly. A trama estreou em 1.017 salas e já conquistou mais de 300 mil espectadores, mostrando que a comédia nacional continua cativando o público.

A história das irmãs, nascidas em Rio Verde, no interior de Goiás, é um convite à reflexão sobre as escolhas de vida e os desafios de manter a família unida: um roteiro digesto ao grande público, mas nem por isso raso. As atuações de Ingrid e Tatá, aliada ao elenco de apoio, incluindo Lázaro Ramos, Taís Araújo, Arlete Salles e a cantora Iza, conferem um toque especial a essa jornada.

Duas produções, duas histórias distintas, mas ambas representativas da excelência do cinema brasileiro. Em um ano marcado por produções de peso dentro e fora do país, como Retratos Fantasmas, de Kleber Mendonça Filho, Mussum, de Sílvio Guindane, e Meu Nome É Gal, de Dandara Ferreira e Lô Politi, Mamonas Assassinas: O Filme e Minha Irmã e Eu não só encerraram 2023 com chave de ouro, mas também deixaram uma marca promissora, na busca por reacender um setor tão castigado pela pandemia.

Serviço

Mamonas Assassinas: O Filme e Minha Irmã e Eu
Em cartaz nos cinemas brasileiros
Não recomendado para menores de 14 anos