Confira programação da última semana das Férias no Dragão

O Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura (CDMAC) segue com o Férias no Dragão trazendo uma extensa e diversificada programação. Mais informações podem ser acompanhadas no site do Dragão (www.dragaodomar.org.br).

Teatro

De terça a quinta-feira (23 a 25 de julho), sempre às 19h30, o grupo cearense Teatro Máquina apresenta o espetáculo “Diga que você está de acordo! – MáquinaFatzer” no Teatro Dragão do Mar. A peça parte dos fragmentos do Fatzer de Brecht, escritos entre 1926 e 1931. A fábula brechtiana se passa na Primeira Guerra Mundial, quando quatro soldados alemães desertores se vêem confinados na casa de um deles. Os quatro tentam chegar a um consenso para cada decisão, em paródia à formação dos sovietes. Entre as figuras, Fatzer é o egoísta. Na montagem, que em 2024 completa 10 anos, o Teatro Máquina se desafia a enfrentar o material textual inacabado e desenvolver uma dramaturgia da cena, explorando a guerra como situação motriz para improvisar e descobrir como a linguagem e o tempo do teatro podem expressar os extremos da espera, da violência e da comunicação. Os ingressos estão à venda na Sympla Bileto (site.bileto.sympla.com.br/dragaodomar) e na bilheteria física do Dragão (de terça a domingo, das 14h às 20h) e custam R$ 10,00 a meia e R$ 20,00 a inteira.

Na sexta-feira (26), às 19h, o coletivo No Barraco da Constância Tem! faz a última apresentação de “Rara”. Na peça, Atlas tropeça e deixa o universo desabar, revelando um vazio-pleno. Esse espaço é um campo de expansão, e tudo vibra nas suas ondulações. Nesta batelada de movimentos ternários, os extremos se encontram no infinito e recriam o não-conhecido ou o sistema das semelhanças. Uma bandeira, um livro, um compasso, um ovo, umas frutas, um cálice, um osso, um cacto, uma caravela, um esquadro, uma poeira e um disco voador. Agir pela não-ação. Perder o lugar da fronteira. Balbuciar a linguagem. Descobrir os barulhos cósmicos. Reagrupar uma sinfonia ao ouvido astuto. Diminuir a distância dos anos-luz. Os ingressos custam R$ 10,00 a meia e R$ 20,00 a inteira, à venda na Sympla Bileto (site.bileto.sympla.com.br/dragaodomar) ou na bilheteria física do Dragão (de terça a domingo, das 14h às 20h).

Também continua, no sábado (27) e no domingo (28), às 20h, o espetáculo “A Força da Água”. Na nova peça do grupo Pavilhão da Magnólia, com dramaturgia e direção de Henrique Fontes, é traçado o caminho historiográfico da seca no Ceará. Desde as promessas feitas por Dom Pedro, passando pelo genocídio nos campos de concentração e no caldeirão, até o tempo presente, quando descobrimos que a água não é um direito constitucional. A peça de teatro documental, de forma bem-humorada, trata de fatos apagados da história do Brasil em torno da indústria da seca. Os relatos e documentos denunciam aquilo que nos impede de ter acesso à água potável e de qualidade. Até quando aceitaremos? Quando deixaremos nossas águas transbordarem? As entradas podem ser adquiridas na Sympla Bileto (site.bileto.sympla.com.br/dragaodomar) ou na bilheteria física do Dragão (de terça a domingo, das 14h às 20h) pelos valores de R$ 15,00 a meia e R$ 30,00 a inteira.

No domingo (28), às 16h, outra peça em cartaz, desta vez para públicos de todas as idades, é “Oz”, do grupo Alumiar Cenas & Cirandas. Na produção, Dorothy cria um mundo onde os desejos se tornam realizáveis: “Oz”. Imagine um sonho tão poderoso que, ao ser compartilhado, ganha cores vibrantes e formas encantadoras, moldadas pela imaginação de cada participante. “Oz” é esse sonho vivo em que os caminhos se desenrolam diante de nós como tijolos dourados, convidando-nos a uma jornada mágica e transformadora. O diferencial desta adaptação é a sensível abordagem ao bullying, um tema que, embora pareça contemporâneo, está presente nas entrelinhas da obra original. Os ingressos estão sendo vendidos na Sympla Bileto (site.bileto.sympla.com.br/dragaodomar) e na  bilheteria física do Dragão (de terça a domingo, das 14h às 20h), custando R$ 20,00 a meia, R$ 40,00 a inteira e R$ 30,00 + 1kg de alimento o solidário.

Planetário

No mês de julho, o Planetário traz novas sessões lúdicas sobre Astronomia e Ciências afins. Às quintas e sextas-feiras, são ofertadas as sessões “A Quinca, o Pititi e Albireo” (Infantil), às 18h, e “Passaporte para o Universo” (sessão juvenil-adulta acessível em Libras), às 19h. Aos sábados e domingos, são ofertadas quatro sessões, a partir das 17h, com uma sessão a cada hora: “A Quinca, o Pititi e Albireo” (Infantil), “Kaluoca’hina – O Recife Encantado” (Infantil) às 18h, “Passaporte para o Universo” (sessão juvenil adulta também acessível em Libras) às 19h, e “A Luz e o Berço da Vida” (Juvenil adulto) às 20h. Os ingressos para as sessões custam R$ 10,00 a meia e R$ 20,00 a inteira e podem ser adquiridos no site do Sympla Bileto (site.bileto.sympla.com.br/dragaodomar) e na bilheteria física do Dragão (de terça a domingo, das 14h às 20h).

Já no domingo (28), às 16h, o Planetário apresenta mais uma sessão de Música nas Estrelas, programa que combina projeções em fulldome com trilhas musicais. Desenvolvida pela equipe do Planetário Rubens de Azevedo, a sessão conduz o público a uma viagem imaginária pelo tempo e pelo espaço, entre nebulosas, galáxias, constelações, exoplanetas e muito mais, ao som de encantadoras músicas. O acesso é gratuito e livre mediante retirada de convite uma hora antes, na bilheteria do Planetário, sendo disponibilizados 50 lugares por sessão.

Cinema

A partir desta quinta-feira (25), o Cinema inicia mais uma cine semana com novidades. De quarta a domingo, as sessões regulares custam R$ 8,00 (meia) e R$ 16,00 (inteira). Já as exibições da Sessão Vitrine Petrobrás têm ingressos nos valores de R$ 6,00 (meia) e R$ 12,00 (inteira). As entradas são vendidas na bilheteria física ou na página do Dragão na Ingresso.com (ingresso.com/cinema/cinema-do-dragao). Às terças, todas as sessões custam R$ 5,00 (meia) e R$ 10,00 (inteira).

Na sexta-feira (26), às 19h, o Cinema do Dragão apresenta, na Sala 2, uma sessão especial só com filmes da performer, curadora, crítica, iluminadora teatral, pesquisadora e professora de Artes Cênicas Dodi Leal. Os curtas exibidos serão: ‘Tenho Receio de Teorias que Não Dançam’, ‘Nós Somos a Neblina’, ‘Traved’, ‘Traidoras’, ‘Erra’, ‘Encruzitrava’, ‘COR-PÓ’ e ‘Making Of COR-PÓ’. O acesso é gratuito, com retirada de ingresso na bilheteria.

Música

Durante o mês de julho, o ciclo programático “Férias no Dragão” trouxe shows de artistas locais e nacionais todos os sábados. No último dos quatro finais de semana da programação, o grupo cearense Fulô da Aurora e o pernambucano Mestre Ambrósio apresentam seus mais recentes trabalhos, a partir das 19h30, no Anfiteatro Sérgio Motta. O acesso será mediante a doação de 1kg de alimento não perecível (exceto sal).

Abrindo a noite, Fulô da Aurora traz o espetáculo em comemoração aos 15 anos de uma jornada artística que constitui a essência do grupo desde a sua formação, em 2008. O repertório do show abrange do álbum “Viva o Nordeste”, gravado com Babi Guedes, passando pelo “Querendo Tem”, produzido por Caçapa, até “Cabôco”, com produção de André Magalhães.

MESTRE AMBROSIO _ Foto Por Jose De Holanda @zedeholanda_(1)
Mestre Ambrósio. (Foto: Divulgação/Jose de Holanda)

Neste mesmo dia histórico, o Mestre Ambrósio, grupo que não se reúne há quase 20 anos, também marcará presença no centro cultural. A banda ressoa como uma das mais importantes do movimento Manguebeat. O marco de 30 anos de criação do grupo inspirou um reencontro entre Siba (vocal, guitarra e rabeca), Eder Rocha (percussão), Helder Vasconcelos (fole de 8 baixos, percussão e coro), Sérgio Cassiano (vocal e percussão), Mazinho Lima (baixo e coro) e Mauricio Bade (percussão e coro), que anunciaram uma turnê para comemorar o aniversário. Neste retorno, o Mestre Ambrósio revisita o repertório dos três álbuns da carreira: “Mestre Ambrósio” (Independente, 1995), “Fuá na Casa de Cabral” (Sony Music, 1998), “Terceiro Samba” (Sony Music, 2001), com a formação original.

Performance

No próximo sábado (27), às 16h, a curadora, crítica, performer e iluminadora Dodi Leal apresenta “Tetagrafias” no Museu de Arte Contemporânea do Ceará (MAC-CE). Em perspectiva de instalação, a performance visa simular no espaço um ambiente médico-cirúrgico de modificação corporal da região dos peitos. Fruto da pesquisa de Doutorado de Dodi Leal sobre transgeneridades, a apresentação tem como objetivo estimular a vivência artística e interativa de participantes com os mecanismos de modificação corporal, que estão sendo compulsoriamente e indevidamente transformados na única condição da existência de pessoas transgêneras. O acesso é gratuito.

Museus

Exposições

Gratuitas, as visitas aos Museus do Dragão podem ser feitas das 9h às 18h (último acesso às 17h30), de quarta a sexta, e das 13h às 18h (com acesso até as 17h30) aos sábados e domingos.

No MCC, podem ser conferidas a exposição de longa duração “Vaqueiros”, que apresenta o encantador da cultura sertaneja, e “Museu da Mão”, fruto de parceria com o Museu de Arte Interplanetária (MAI), concebida pelo artista paulistano Rubens Matuck. “Museu da Mão” reúne mais de 400 itens, entre ferramentas, esculturas em madeira, pinturas, desenhos, gravuras, cadernos de viagens, HQs no formato de livros, peças em geral feitas à mão, fruto de trocas, reciclagens e compras feitas por Rubens Matuck em viagens pelo Brasil e pelo exterior nos últimos 40 anos, muitas delas compartilhadas com o artista visual cearense Aldemir Martins, homenageado na exposição como seu mestre e grande incentivador da arte brasileira.

As quatro exposições no MAC-CE, por sua vez, chegam aos últimos dias em cartaz, já que no domingo (28), o museu entrará em processo de desmontagem e montagem da 35ª Bienal de São Paulo – Itinerância. Até lá, permanecem em exibição “Anas, Simôas e Dragões: Lutas Negras pela Liberdade”, coletiva com curadoria e pesquisa de Ana Aline Furtado e Cícera Barbosa, que reúne peças do acervo do Museu do Ceará e trabalhos de Adriana Clemente, Alexia Ferreira, Blecaute, Cecília Calaça, Clébson Francisco e Paula Trojany, em homenagem a lideranças que tiveram papel fundamental na libertação de escravos no Ceará, mas que historicamente foram apagadas pela História. Também estão em cartaz trabalhos oriundos de projetos selecionados a partir da convocatória Cena Ocupa e que têm em comum o deslocamento de sertões, chapadas, florestas e urbanidades, lugares de nascimento, passagens e moradas para investigar a natureza dos corpos, das plantas, da terra e do céu. As exposições do Cena Ocupa são “Cansanção em Flor”, uma coletiva das artistas Dinha Fonsêca, Andréa Sobolive, Williana Silva, Maria Macêdo e Eliana Amorim, as duas últimas também curadoras; “Escuta Sensível das Plantas”, de Lyz Vedra, e “Trava da Peste: linda quanto sol”, de Isadora Ravena, as duas últimas individuais com curadoria de Lucas Dilacerda.

Programações especiais marcam a despedida das mostras do MAC-CE. Na quinta-feira (25), às 18h, o MAC-CE promove a roda de conversa “Encantamento e Poder: Mulheres Negras nas Artes Visuais”, com Adriana Clemente e Cecília Calaça, artistas participantes da Exposição “Anas, Simôas e Dragões: Lutas Negras pela Liberdade”, em alusão ao Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra e ao Dia Estadual da Preta Tia Simoa. A participação é livre e gratuita.

Na sexta-feira (26), às 18h, via sala virtual divulgada para inscritos no link da bio do @macdragao, acontece uma roda de conversa com Eliana Amorim, Maria Macedo, Williana Lima, Andrea Sobolive e Dinha Fonsêca, curadoras e artistas da mostra “Cansanção em Flor”.

Marcando o fechamento da exposição “Trava da Peste: Linda Quanto Sol”, no sábado (27), às 14h, no MAC-CE, acontecerá o Seminário de Pesquisa “No Calor”, com Isadora Ravena, Lucas Dilacerda e Honório Félix, e o lançamento do catálogo da mostra, publicação produzida com apoiado da Secretaria da Cultura do Estado do Ceará, com recursos da Lei Paulo Gustavo (Lei Complementar n. 195/2022). Edital Cultura e Arte LGBTI+. Em seguida, a partir das 16h, também compondo o fechamento da exposição, acontece a performance “Tetagrafias”, com Dodi Leal. Acesso também gratuito.

Outras duas atividades alusivas ao Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra e ao Dia Estadual da Preta Tia Simoa acontecem no final de semana.     No sábado (27), às 15h30, o MCC realiza a vivência educativa “No arrasta pé do forró ancestral”, com Eder Soares, bailarino e professor de dança, herdeiro de um legado forrozeiro familiar, e que foi o responsável por didatizar a metodologia nomeada de Forró Ancestral. A atividade é destinada para os públicos interessados em dança, forró e ritmos populares. O acesso é gratuito, com inscrição prévia através do link disponibilizado pelo museu (http://bit.ly/inscricoesnomcc).

Já no domingo (28), entre 13h e 18h, o MAC-CE marca o encerramento oficial da exposição “Anas, Simôas e Dragões: Lutas Negras pela Liberdade”. Na programação, música e proposições interativas com artistas, entre as quais uma oficina com Alexia Ferreira, trancismo do estúdio Nzinga, campeonato de videogame, som com DJs e fala pública de Hector Isaias sobre “Expografia como jogo de (des)montar em ‘Anas, Simôas e Dragões: Lutas Negras pela Liberdade’”. A entrada é franca.

Ação Formativa

Na terça-feira (23), das 9h às 13h, o MAC-CE traz mais uma aula do curso gratuito de “Introdução às Artes Visuais”, ministrado pelo artista visual, docente e pesquisador Rafael Carvalho, na Sala Experimental Educativo do MAC-CE. A participação é limitada aos inscritos já confirmados.

Feirinha

Como todos os sábados, a feirinha Fuxico no Dragão reúne expositores de produtos criativos e artesanais, das 16h às 20h, na Arena Dragão do Mar.

Dragão Encantado

Domingo (28), a partir das 16h, na Praça Verde do Dragão do Mar, a criançada pode aproveitar o Brincando e Pintando no Dragão, com brincadeiras e atividades lúdicas. O acesso é gratuito e livre.

No mês de julho, uma edição extra do Brincando e Pintando no Dragão está sendo realizada nas comunidades vizinhas ao centro cultural. Neste sábado (27), às 9h, será a vez da Escolinha da comunidade da Graviola receber a programação gratuita. A novidade funciona de modo a construir vivências intergeracionais e estimular o senso de coletividade e pertencimento, com brincadeiras ao ar livre e espaço seguro para expressão corporal e criativa.

RELACIONADOS

PUBLICIDADE

POPULARES