O diretor e roteirista David Lynch, figura icônica que revolucionou o cinema americano com sua estética sombria e surrealista em filmes como “Veludo Azul” (1986), “O Homem Elefante” (1980) e “Cidade dos Sonhos” (2001), além de marcar a televisão aberta com a série cult “Twin Peaks”, morreu aos 78 anos. A notícia foi divulgada pela revista Variety e confirmada pela família do artista em sua página oficial no Facebook nesta quinta-feira (16).
David Lynch, que fumou durante grande parte de sua vida, havia revelado em 2024 ter sido diagnosticado com enfisema pulmonar, uma doença que afeta os pulmões e dificulta a respiração. A condição, inclusive, o impedia de continuar dirigindo produções presencialmente. A causa oficial da morte, no entanto, não foi divulgada pela família.
Em um comunicado emocionado, a família lamentou a perda: “Há um grande buraco no mundo agora que ele não está mais conosco. Mas, como ele diria, ‘Fique de olho no donut e não no buraco’”, uma frase característica do cineasta que transmite uma mensagem de otimismo mesmo diante da adversidade.
Lynch ganhou reconhecimento logo em seu primeiro longa-metragem, o independente “Eraserhead” (1977), um filme experimental em preto e branco que, apesar da recepção inicial controversa, se tornou um clássico cult ao longo dos anos, estabelecendo as bases de seu estilo único e inconfundível.