Confira os melhores momentos em vídeo e a íntegra da entrevista no texto abaixo:
Com 35 anos de história e atuando em cinco ramos diferentes, o Grupo DCDN prepara uma nova fase de investimentos, principalmente nos seus dois mercados, Ceará e Pernambuco – além desses, a empresa atende Rio Grande do Norte, Piauí, Paraíba e Alagoas.
Representante dos motores diesel Cummins (o carro-chefe do negócio); das marcas Komatsu, Hyster e Bomag (tratores e maquinário pesado para as indústrias de construção e agrícola), e da Allison (transmissões automáticas para caminhões fora de estrada, tratores e ônibus), a DCDN surgiu de uma oportunidade que seu fundador, José Luiz Miranda, identificou no final dos anos 1970.
Quando ainda morava em Santos e trabalhava como gerente de vendas da divisão marítima da Cummins, viu na troca dos barcos lagosteiros e camaroneiros do Nordeste a chance de abrir o seu próprio negócio. Com o crescimento da demanda por geradores de energia, a DCDN encontrou outro filão lucrativo e hoje tem clientes como o Porto do Pecém, o Hospital Geral de Fortaleza (HGF), o Hapvida e em Pernambuco, a indústria de polímeros Polimix (PE) e o arquipélago de Fernando de Noronha, cuja eletricidade advém dos geradores a diesel.
Atualmente, além das representações, a DCDN possui ainda a subsidiária Dominó, revendedora das máquinas de impressão e automoção industrial Sunnyvale; a DCDN Locações, que aluga geradores e maquinário pesado para indústrias, e a DCDN Engenharia, de gestão de projetos de energia para a construção civil.
O Grupo DCDN completou 35 anos e é pioneira na região. Como começou a história da empresa?
Começamos em 1983 como Miranda Diesel, representando a marca Cummins no Nordeste. Por isso o nome DCDN, de Distribuidora Cummins Diesel do Nordeste. Eu vim de uma empresa que era distribuidora da linha marítima da Cummins, então já trabalhava com a marca há muito tempo. Nós vínhamos fazendo uma pesquisa de mercado e, em 1978, soubemos que seriam trocados os barcos camaroneiros do Brasil. A maioria era coreano e o governo passou a incentivar a troca por barcos construídos aqui. Aí vimos o potencial, junto com a dona Elisa (Gradvhol, do estaleiro Inace), e surgiu a oportunidade de investir aqui. A minha esposa topou o desafio e viemos no final de 1982, abrimos a empresa em 1983 e a filial de Recife veio em 1985.
Como surgiu a oportunidade de diversificar as frentes de atuação da empresa?
Em 1995 nós pegamos a linha de empilhadeira Hyster e a transmissão automática da Alynson, e em 2000 veio a Komatsu. Como os motores Cummins equipam essas marcas e o setor pesqueiro decaiu, foi um processo natural e acabamos crescendo nos seis estados que atuamos.
A DCDN atua em seis estados do Nordeste. Vocês têm sede em todos eles?
Hoje temos, além da sede em Fortaleza e da filial em Recife, estruturas de vendas e serviços em Teresina, em Maceió, em Juazeiro do Norte e Mossoró. Temos a estrutura de Noronha, porque somos responsáveis pelos geradores elétricos da ilha, então lá sempre tem uma equipe de 10 funcionários. E ainda temos várias equipes espalhadas na região, sempre coordenadas por Fortaleza.
A maior participação da DCDN é no Ceará ou em Pernambuco?
Em gerador é Recife, em empilhadeira já foi lá também, mas atualmente é Fortaleza novamente. A maior diferença é porque aqui e no Ceará trabalhamos com máquinas pesadas, e em Pernambuco não. Em faturamento é quase 50% de cada. Mas, independente de onde o faturamento é maior, tudo é coordenado por aqui e são três linhas – Cummins, Hyter e Komatsu – que são muito boas, confiáveis. Tanto que estamos nesse negócio há mais de 40 anos.
A última crise econômica afetou a construção civil, diretamente ligada ao seu segmento de atuação. Mesmo assim, a empresa fez uma ampliação da sede em Recife. Qual o segredo para driblar a crise?
A gente vence a crise andando junto com ela. Se você para por causa da crise, fica pra trás quando termina, porque toda crise é passageira. É uma tempestade e, se você fica parado, acaba morrendo afogado no meio dela. Então, estamos sempre fazendo algo, uma melhoria. Meus filhos dizem que eu deveria ser mestre de obras, porque estou sempre no meio de uma obra, brigando com pedreiro, com encanador… (risos).
A DCDN planeja novas expansões?
Planos a gente sempre tem. Como eu disse, estamos sempre fazendo alguma coisa. No momento, estamos avaliando entrar no Piauí com uma filial lá, é um mercado com potencial e longe daqui. O problema é sempre o custo. Por exemplo: no trajeto entre São Paulo e Campinas, uma empresa como a nossa tem uns 50 clientes no meio do caminho, o que dilui o custo da viagem. Daqui para Teresina tem muito poucos e isso encarece a manutenção, por isso temos núcleos de atendimento em algumas cidades. Mas estamos avaliando essa possibilidade, de abrir filial em Teresina no ano que vem. Para isso, estamos negociando com as marcas, vendo o que podemos levar para o Piauí. E eu sempre procuro oferecer o melhor, ter o melhor atendimento, tanto que não temos um balcão, temos um atendimento personalizado para cada marca.