Detentora do invejável título de companhia aérea mais pontual do mundo, a panamenha Copa Airlines, que oferece voo direto entre Fortaleza e a Cidade do Panamá, quer brigar diretamente com a Latam e a GOL para liderar o fluxo de passageiros entre o Ceará e os Estados Unidos.
As armas, além da pontualidade e conexões no “hub das Américas”, como a companhia costuma definir o aeroporto da capital do Panamá, são tarifas mais enxutas e a grande rede de destinos – 80 ao todo – nas três Américas. Só nos Estados Unidos são 13 destinos estratégicos, como New York, San Francisco, Chicago, Washington, Denver e New Orleans.
A frota da companhia também tem sido renovada: a aquisição de 71 aeronaves Boeing 737 MAX que serão incorporadas à frota nos próximos sete anos – 11 já estão em operação. Estas novas aeronaves terão uma nova classe executiva, mais automatizada e com camas-cápsula.
E para mostrar as vantagens do produto, a Copa tem apostado em tarifas competitivas e propaganda. “Foi investido muito em mídia de todos os tipos, tanto tradicional quanto mobiliário urbano, como painéis, outdoor, busdoor etc. Fizemos ações em parceria com o Governo do Estado e visitando parceiros, promovendo fan trips, por isso esperamos que nos próximos meses haja um aumento da demanda”, avalia o diretor comercial da Copa no Brasil, Émerson Sanglard. O executivo esteve recentemente em Fortaleza para ampliar o trabalho realizado junto a clientes corporativos, que passou a ter uma gerência nacional exclusiva.
O Official Airline Guide (OAG) reconheceu a Copa como a mais pontual do mundo em 2018 e a companhia já figurava bem nos rankings anteriores. Qual é a fórmula para oferecer essa agilidade?
Pela primeira vez, foi considerada a mais pontual do mundo e, pelo sexto ano consecutivo, a mais pontual da América Latina. Dentre todas as que operam em nível mundial, somos a mais pontual, temos conexões de até 37 minutos. É uma grande conquista, operamos mais de 300 voos por dia com grande agilidade. E conseguimos chegar a esse nível com tecnologia de redespacho de bagagem, aeroporto prático, compacto, bem sinalizado, onde você sai de um portão de embarque e vai direto pro outro passando pela alfândega só no destino final.
Qual a avaliação que você faz dos primeiros seis meses do voo Fortaleza – Cidade do Panamá?
O último ano foi conturbado, o cenário econômico incerto e o câmbio elevado fez o mercado do turismo sofrer um pouco, mas agora nós já temos uma perspectiva de recuperação da economia. O dólar está mais estável, então parece que as incertezas estão se dissipando e nós estamos apostando nisso. Os voos estão em fase de desenvolvimento e o trabalho ainda está em curso. O trade vai conhecer melhor o produto e o público em geral também.
A expectativa da Copa também é ampliar o fluxo para clientes corporativos?Fizemos recentemente uma força tarefa pra entender o mercado corporativo cearense e detectamos que é mais focado no voo doméstico, cerca de 20% internacional. E iniciamos um trabalho de busca de parceiros, apresentando o nosso produto. Estamos fazendo com as agências especializadas ações como workshops e treinamentos, e esperamos, sim, ampliar a fatia no segmento corporativo graças a essas vantagens de custo e de tempo que a Copa oferece, principalmente para os Estados Unidos.
Fortaleza conta com voos diretos diários para os Estados Unidos, que é o principal mercado para a Copa. Além da competição na tarifa, quais são os outros diferenciais para que os clientes viajem pela Copa?
Além de Miami e Orlando, nós temos mais outras duas rotas para a Flórida, que são Fort Lauderdale e Tampa, e mais 76 destinos em todo o território americano. Cobrimos todo o Caribe e só nos Estados Unidos são 13, incluindo destinos estratégicos nas costas Oeste e Leste, como San Francisco e New York. E eu sempre gosto de repetir o que o secretário Arialdo Pinho diz: ir pra São Paulo é fazer viagem negativa, você vai até lá, passa por um aeroporto gigantesco, se reconecta… E com a Copa não, você faz uma breve parada, prática, pega bagagem e faz imigração só no destino final.