Enseada do Mucuripe receberá exposição flutuante Aquavelas

Encontro Sesc Povos do Mar terá abertura neste domingo (12), com a Exposição Aquavelas, na Enseada do Mucuripe. Evento reúne obras de 11 artistas pintadas em velas de jangadas e chama atenção para preservação dos oceanos 

Danielber Noronha

danielber@ootimista.com.br

Cores e formas tomarão conta da Enseada do Mucuripe, em Fortaleza, neste domingo (12), para marcar início do Encontro Sesc Povos do Mar, a partir das 8 horas. Abertura do evento será feita com a Exposição Aquavelas, momento em que o público poderá conferir obras de arte pintadas em velas de jangadas. Elas farão um passeio pela orla da Capital, podendo ser vistas a cerca de 200 metros da margem, navegando em direção ao Rio Ceará, onde encerram o trajeto por volta das 13 horas. Neste ano, o Encontro vai até 16 de dezembro.

A partir de referências artísticas e pessoais, neste ano, 11 artistas vão levar para as telas elementos que traduzam, entre formas, traços e texturas, a importância da defesa dos oceanos e da vida marinha. Mano Alencar, Edmar Gonçalves, Zé Tarcísio, Totonho Laprovitera, Almeida Luz e Andrea Dall’Olio, Vando Farias e Julio Silveira, que participaram do Aquavelas em 2020, também vão estar na exposição este ano. Soma-se ao coletivo Hélio Rola, Ana Débora e Luiz Freire.

Preservação
De acordo com Paulo Leitão, consultor do Sesc Ceará, a escolha pelo tema vai ao encontro da Década da Ciência Oceânica para o Desenvolvimento Sustentável – mais conhecida como Década do Oceano. Iniciativa é capitaneada pela Organização das Nações Unidas (ONU), que definiu o período entre 2021 a 2030 como momento para conscientizar a população global sobre a importância dos oceanos e mobilizar atores públicos, privados e da sociedade civil organizada em ações que favoreçam a saúde e a sustentabilidade dos mares.

“É uma ideia que une artistas, jangadeiros e pescadores em prol de dar visibilidade a uma luta que é tão importante e precisa ser difundida em sociedade”, ressalta Leitão. Segundo ele, olhar para esta causa é uma questão urgente e está diretamente ligada à proteção de formas específicas de vida animal e de pessoas que dependem deste bioma. “É preciso preservar formas de vida específicas e olhar para o manejo da água da água e das formas como as pessoas se apropriam dos recursos de cada fauna e flora presente nos oceanos”, acrescenta.

Para alcançar tais objetivos, reforça o consultor do Sesc Ceará, é necessário também investir em educação socioambiental e difundir práticas sustentáveis na sociedade. Um dos caminhos, aponta, é valorizar os modos de vida que dependem dos proventos do mar. “Nós tratamos de tradições que dizem respeito ao associativismo, à colaboração comunitária, às relações de fortalecimento de vínculos e do reconhecimento da diversidade”, elenca.

Atualmente, mais de duzentas comunidades litorâneas de 25 municípios integram a Rede Sesc Povos do Mar, composta por cinco eixos: Meio Ambiente e Sustentabilidade; Cantos, Danças e Brincadeiras; Dragões do Mar, Feito à Mão e Saberes, Sabores e Saúde. São rendeiras, jangadeiros, barqueiros, marisqueiras, canoeiros, pescadores, mestres da cultura, brincantes de maracatus, reisados, mestres do Teatro de Bonecos que compartilham saberes e experiências.

Serviço 
Exposição Aquavelas
Domingo (12), às 8h
Largada: Enseada do Mucuripe (próximo ao Mercado dos Peixes). Ponto final: Rio Ceará (Barra do Ceará às 13h)
Acesso gratuito

RELACIONADOS

PUBLICIDADE

POPULARES