Promover um processo de reflexão sobre a formação em artes, com o objetivo de levantar questões que possam nortear a elaboração de um projeto público de plataforma de formação virtual a partir da experiência vivenciada e compartilhada pelos convidados e participantes. O Porto Iracema das Artes realiza desta terça-feira (14) até quinta-feira (16) o encontro “Poéticas de Coexistência – Artes Visuais & Fotopoéticas: Exercícios experimentais da liberdade”.
O evento contará com a participação de artistas e pesquisadores das artes visuais de várias partes do Brasil. Os debates serão transmitidos, simultaneamente, pelo Facebook e canal do YouTube da instituição, às 15 horas. Segundo o Porto Iracema, os encontros estão sendo realizados a partir das linguagens artísticas que integram as esferas formativas da escola.
A primeira mesa de debates, que acontece amanhã, abordará o tema “Arte como invenção, afirmação e cuidado de si e do mundo – Formação e questões urgentes”. Para o diálogo, que será mediado pelo professor Wellington Jr., da Universidade Federal do Ceará (UFC), foram convidados o artista visual e professor Cláudio Bueno, a historiadora e coordenadora de Educação do Instituto Moreira Salles (IMS), Renata Bittencourt, assim como Giselle Beiguelman, artista e professora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (USP).
“As discussões sobre o cuidado de si, a invenção do que somos, subjetivamente e coletivamente, já pautadas pela arte contemporânea nos últimos anos, ganham uma nova cara diante do cenário de ruínas e peste em que o mundo se tornou. No Brasil, a paisagem é de desmonte… políticas inclusivas, diversidade, vidas novas para os corpos. E a arte? A arte tornou-se vital, tornou-se vida, melhor dizendo; nossa última barricada, nosso último e mais forte gesto de resistência; o mais necessário dos cuidados, de si, do outro, do mundo”, destaca o professor Wellington Jr.
O segundo dia do encontro debaterá o tema “O fazer artístico e seus deslimites – Formação na criação, criação na formação”. “A mesa tem como foco discutir o fazer artístico e seus deslimites, tendo a arte como esse lugar de liberdade, tanto para a criação como para a formação, e como cada uma dessas ações só funciona em diálogo com a outra”, informa o Porto Iracema. A escritora, artista visual e educadora Fernanda Meireles fará a mediação. Para o debate foram convidados Ana Lira (fotógrafa, artista visual, curadora e articuladora pernambucana), Naine Terena, que é doutora em educação pela PUC-SP, indígena da etnia Terena e ativista, além da pintora, ilustradora, muralista e terapeuta transpessoal, Kaliane Dassi.
Já a terceira e última mesa discutirá sobre o lugar do virtual nas artes para além das tecnologias digitais, a partir do tema “O museu é o mundo, a rede, a casa – O virtual nas tecnologias digitais e além”. A conversa será mediada pela curadora, pesquisadora e educadora Valquíria Prates, que conversará com a professora e pesquisadora Renata Felinto, a educadora e pesquisadora pernambucana Gleyce Kelly Heitor e o artista visual, professor e pesquisador Alexandre Sequeira.
“O ambiente da pandemia jogou nossa existência pública para o mundo virtual, desencadeando um processo de exacerbação de conteúdos variados. No entanto, no que se refere à educação, o Brasil vive um verdadeiro apagão. Assim, uma das agendas mais urgentes é pensar a formação artística a partir do que estamos vivendo e, daí, seguirmos para a construção de um ambiente de formação qualificada”, observa a professora e diretora do Porto Iracema das Artes, Bete Jaguaribe.
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“Poéticas de Coexistência – Artes Visuais e Fotopoéticas”
De 14 a 16 de julho
15h
YouTube e Facebook do Porto Iracema das Artes