Hong Kong vai distribuir 500 mil passagens aéreas gratuitas para estimular o turismo

Para ganhar as passagens, é preciso acessar o site World of Winners a partir de 1º de março para se cadastrar na loteria de passagens aéreas

Sâmya Mesquita
samya@ootimista.com.br

Já pensou em ir para o outro lado do mundo de graça? Se depender do governo de Hong Kong, território autônomo no sudeste da China, isso é possível. Há um plano para distribuir 500 mil passagens aéreas gratuitas como parte das medidas de recuperação econômica da região com o objetivo de atrair turistas.

A iniciativa “Hello Hong Kong” foi lançada nesta quinta-feira (2), mas está em planejamento há, pelo menos, dois anos. As passagens serão distribuídas pelas companhias aéreas Cathay Pacific, HK Express e Hongkong Airlines. Os 500 mil tickets custarão às contas públicas cerca de US$ 254,8 milhões – pouco mais de R$ 1,3 bilhão.

Para ganhar as passagens, é preciso acessar o site World of Winners a partir de 1º de março para se cadastrar na loteria de passagens aéreas. Para turistas brasileiros – e para quem não vive nem no Sudeste Asiático e nem na China Continental -, a distribuição será feita a partir de 1º de maio.

Por que passagens de graça?

A iniciativa vem como uma medida de recuperação econômica da cidade que, desde janeiro de 2020, passou por restrições severas quanto ao avanço da covid-19. Quarentenas rígidas, que chegavam a 21 dias de isolamento, e a obrigatoriedade de vários testes de diagnóstico molecular (PCR) mantiveram a maioria dos turistas distantes.

Antes da pandemia, Hong Kong recebia 56 milhões de visitantes em um ano típico. Em 2022, esse número caiu para cerca de 100 mil. O banco francês Natixis estima que a economia da cidade perdeu US$ 27 bilhões em crescimento potencial devido aos efeitos da pandemia. Além disso, segundo o Departamento de Censo e Estatística de Hong Kong, em 2022 houve uma queda populacional de 1,6% – a maior desde 1961.

Apesar do investimento em passagens, Hong Kong deve ganhar com a vinda dos turistas, que desembolsarão seus dólares no aluguel de quartos de hotéis, em restaurantes e em toda a programação cultural da cidade. A única restrição remanescente da pandemia é o uso obrigatório de máscara em locais públicos.

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