Apesar de não ostentar o título de terra do sol nascente, é em Fiji que o dia nasce primeiro. O arquipélago isolado no meio do Oceano Pacífico é um dos paraísos da Oceania e encanta mais de 500 mil turistas estrangeiros – mais da metade da população – todos os anos com muitas praias de água azul-turquesa, recifes de corais, esportes aquáticos, uma rica gastronomia baseada principalmente em mariscos e pela cultura, que mescla a tradição dos povos polinésios com costumes indianos e ingleses.
Composto por 332 ilhas e ilhotas (apenas um terço delas é habitada) resultantes de erupções vulcânicas, o país localiza-se no centro da região conhecida como Melanésia, um complexo de ilhas no Pacífico que se estende da Indonésia, passa pela Austrália e vai até algumas ilhas neozeolandesas.
Fiji foi colônia britânica até 1970 e depois sofreu dois golpes de estado devido, principalmente, a conflitos étnicos gerados pela dominação pela parte indiana da população, mas atualmente é dos países mais estáveis da região.
Os maiores riscos atualmente são os tornados, relativamente frequentes entre novembro e abril. No resto do ano, os dias são frescos e ensolarados, ou seja, convidativos para o dolce far niente nas praias, principalmente as da região de Nadi, a capital turística de Fiji (a política é Suva); para o surf (Fiji tem vários picos que atraem surfistas de todo o mundo), kitesurf e canoagem; mergulho para observação da fauna marinha, sempre com ótima visibilidade; além de passeios a cavalo, bicicletas ou trilhas pelo interior, que levam a cascatas encobertas pela floresta.
Outras modalidades de turismo e esporte que vêm crescendo muito nas Ilhas Fiji é o golfe, com vários campos construídos, e os resorts. Um dos mais importantes é o Fiji Marriot Momi Bay, em Momi Bay, distante apenas 35 km do aeroporto internacional e 29 km de Nadi. O hotel é dividido em burês, como são chamados os chalés típicos de Fiji, com vista impressionante para uma lagoa privativa e para o mar.
Apesar da sua vocação para o turismo, a sua principal atividade econômica, ao lado do cultivo de cana de açúcar, os hotéis geralmente são pequenos e charmosos e geralmente divididos em burês, porque os fijanos acreditam que a sua terra é sagrada, por isso não pode ser vendida a estrangeiros.
Aliás, a população local é uma atração à parte: é considerada uma das mais felizes do mundo e são extremamente receptivos, têm prazer em mostrar a sua cultura para os turistas, geralmente sem pedir nada em troca – mas é de bom tom levar kava, uma raiz local, quando for visitar tribos e pedir autorização para o chefe antes de fotografar. Outras dicas importantes são não rejeitar a bebida feita de kava, sempre oferecida aos visitantes; entrar nas tribos descalço e não usar chapéus ou mostrar os ombros.
Chegar ao paraíso que é Fiji não é tarefa fácil: geralmente são 26 horas de viagem partindo de São Paulo. Latam e Qantas oferecem voos com conexões em Santiago (Chile), Los Angeles (EUA), e a companhia aérea local, Fiji Airways, compartilha code-shares com várias cidades.