Após um período de intensa competição, a LVMH reconquistou a posição de empresa mais valiosa da Europa, ultrapassando a farmacêutica dinamarquesa Novo Nordisk. Com uma capitalização de mercado de US$ 357 bilhões, a gigante do luxo, que controla marcas como Louis Vuitton, Dior e Tiffany & Co., alcançou esse marco mesmo após uma ligeira queda de 0,3% em suas ações na última sexta-feira (17).
A recuperação foi impulsionada pela queda de 4% nas ações da Novo Nordisk, que enfrentou preocupações com a regulação dos medicamentos Ozempic e Wegovy nos Estados Unidos. A farmacêutica ainda mantém uma capitalização de cerca de US$ 355 bilhões, mas perdeu terreno no mercado nos últimos dias.
Em 2024, a LVMH enfrentou um ano difícil, com uma queda de 13% nas suas ações, reflexo da desaceleração do consumo na China, seu maior mercado. No entanto, a recuperação do setor de luxo, impulsionada pelo bom desempenho de concorrentes como Richemont e Brunello Cucinelli, renovou as expectativas positivas. A analista Ashley Wallace, do Bank of America, elevou sua recomendação para a LVMH, destacando uma tendência de recuperação. Além disso, a melhora da economia chinesa e os estímulos fiscais nos Estados Unidos devem beneficiar ainda mais a demanda por produtos de luxo, colocando a LVMH em uma posição favorável para aproveitar essa dinâmica.
Enquanto isso, a Novo Nordisk enfrenta desafios significativos, como o aumento da concorrência no mercado de medicamentos para obesidade e diabetes e os resultados abaixo do esperado de seu medicamento experimental CagriSema, o que causou uma queda expressiva nas suas ações no final de 2024.