O universo literário perdeu uma de suas vozes mais marcantes do gênero sobrenatural juvenil: L.J. Smith, autora dos livros que inspiraram a franquia “The Vampire Diaries” nos anos 2000, morreu no último dia 8 de março, aos 66 anos, após lutar contra uma doença não revelada.
Nascida na Califórnia, Smith deixou a carreira de professora no final dos anos 1980 para se dedicar à escrita. Seu grande marco veio em 1991 com “Diários do Vampiro: O Despertar”, que introduziu ao mundo os icônicos irmãos vampiros Stefan e Damon Salvatore e a humana Elena Gilbert – personagens que mais tarde ganhariam rostos na série de TV estrelada por Paul Wesley, Ian Somerhalder e Nina Dobrev, respectivamente. A autora escreveu os quatro primeiros livros da série e retomou a história em 2009 com uma nova trilogia, aproveitando o sucesso da adaptação televisiva.
Além de criar o universo de Mystic Falls, Smith foi a mente por trás de outras sagas aclamadas, como “Círculo Secreto” e “Mundo das Sombras” (com uma protagonista médium). Seus trabalhos, no entanto, foram marcados por controvérsias: após divergências criativas, editoras substituíram suas continuações por textos de outros autores – como Aubrey Clark -, mas mantiveram seu nome nas capas, prática comum no mercado literário juvenil da época.
Nos últimos anos, Smith enfrentou sérios problemas de saúde, incluindo um caso grave de granulomatose com poliangiite em 2015, doença autoimune que a deixou com sequelas permanentes. Seu legado, porém, permanece vivo: gerações de leitores e fãs da cultura pop devem a ela a paixão por histórias de vampiros e bruxas que continuam a encantar o público até hoje. A causa da morte não foi divulgada, mas fãs e colegas de profissão estão prestando homenagens nas redes sociais.