Museu da Cultura Cearense encerra exposição sobre Umbanda e Candomblé com Cortejo

O Museu da Rede Pública de Equipamentos Culturais da Secretaria da Cultura do Ceará (Secult Ceará) que integra o Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura (CDMAC), promove a finissage de “Festa, Baia, Gira, Cura”, uma exposição que o convida o público para um passeio pelo universo das religiões de matrizes afroindígenas.  Com curadoria de Marília Oliveira e Rafael Escócio, acervo fruto de pesquisa do antropólogo Jean dos Anjos, ao longo de 20 anos, a exposição fica em cartaz até dia 28 de janeiro (domingo). As visitações podem ser feitas de quarta a sexta, das 9h às 18h (com acesso até as 17h30), e aos sábados, domingos e feriados, das 13h às 18h (com acesso até as 17h30).

No domingo (21), data instituída como Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa, às 17h, o evento será marcado pelo cortejo “Deixa a Gira Girar!”, com Mãe Patrícia Adjokê e banda Grupo D’ Passagem. Com início na entrada da Leste-Oeste do Centro Dragão do Mar, a ocasião faz alusão ao momento que finaliza as giras, festas e trabalhos nos terreiros, em que as entidades cantam e deixam suas marcas antes de subirem.  Jean dos Anjos explica que “o Cortejo é uma caminhada de celebração, uma festa”, assim, “é simbólico terminar com o cortejo porque continuamos caminhando, a luta dos povos de terreiro não acabou”.

Sobre a exposição

Em cartaz desde setembro de 2023, a exposição inaugura os festejos de 40 anos do terreiro de Umbanda e Candomblé Cabana do Preto Velho da Mata Escura | Ilé Àse Ojú Oya, localizado no bairro Bom Jardim, e convida o público a conhecer mais sobre o universo das religiões de matriz afroindígenas. “A visibilidade da exposição foi importante tanto para nós, fortalezenses, como para o público turista, porque mostra que temos cultura de terreiro, além de subverter a invisibilidade”, comenta o pesquisador.

Com mais de 15 mil visitantes desde sua abertura, “Festa, Baia, Gira, Cura” nasce a partir da historicização do terreiro homenageado. O título surge a partir de elementos primordiais nas celebrações afroameríndias e das vivências do pesquisador. Compreendendo “Festa” como condição de sociabilidade humana, são apresentadas fotografias e materialidades das festas e rituais do terreiro, com enfoque especial para a festa da Rainha Pombagira Sete Encruzilhadas e Exú, a qual ele acompanha desde 2013. Dividida em quatro núcleos, a exposição mostra a riqueza da cultura dos terreiros, bem como a resistência dos povos de terreiros na busca pela preservação da memória da umbanda e do candomblé, e a luta dos seus praticantes pelo fim do racismo religioso.

Serviço

Finissage da exposição “Festa, Baia, Gira, Cura” com Cortejo “Deixa a Gira Girar!” com Patrícia Adjoke e Grupo D’ Passagem
Data: 21 de Janeiro (domingo)
Horário: 17h
Local: Museu da Cultura Cearense (MCC), no Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura (Av. Pres. Castelo Branco, S/N, em frente à Praça Cristo Redentor)
Gratuito e livre ao público.

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