Para além da estética, a rinoplastia melhora a respiração e a qualidade do sono; conheça benefícios

Rinoplastia, cirurgia de correção do nariz, pode ajudar na melhora da respiração, na diminuição do ronco e aumento da qualidade do sono. Especialista no assunto, o médico Paulo Manzano dá dicas valiosas que devem ser consideradas para a realização do procedimento com segurança 

Danielber Noronha

danielber@ootimista.com.br

O Brasil está entre os países que mais realizam cirurgias plásticas no mundo. Entre os procedimentos mais buscados está a rinoplastia. Nem todos sabem, porém, que além do aspecto estético, a cirurgia tem vieses de saúde comumente associados, capazes de trazer mais qualidade de vida. Há casos de ganhos na função respiratória, na qualidade do sono e, claro, na autoestima.

Sem dúvidas, a maioria das pessoas que querem recorrer à cirurgia, segundo o otorrinolaringologista Paulo Manzano, têm interesse em mudar o nariz por questões estéticas. Entretanto, os ganhos vão muito além. “Com maior autoestima, o paciente melhora o rendimento profissional, as relações pessoais, a vida como um todo”, comenta.

Além disso, existem situações onde o paciente necessita de alguma correção no trato nasal, para tratar desvio de septo, hipertrofia ou sinusite crônica. Para estes casos em específico, quando há interesse na rinoplastia, todas as questões podem ser solucionadas de uma única vez. “Como, basicamente, toda a rinoplastia está atrelada a uma função respiratória adequada, ou seja, mudando a forma do nariz, você também pode mudar a qualidade tanto para melhor quanto para pior da respiração”, explica.

De acordo com o também especialista em Cirurgia Estética e Funcional do Nariz, quando são feitas mais de uma intervenção ao mesmo tempo, o operado reduz custos de internação hospitalar, além de conseguir estruturar melhor a rino, uma vez que o septo é considerado o melhor enxerto para garantir um resultado satisfatório ao final do processo.

Ainda sobre os benefícios associados à rinoplastia, é possível estabelecer uma ponte com a diminuição de episódios de ronco. “Quanto maior a restrição da passagem do ar, ou seja, o nariz que tem uma hipertrofia dos cornetos nasais, das conchas nasais, um desvio de septo, acaba promovendo uma resistência maior, uma dificuldade maior para a passagem do ar, aumentando a pressão negativa da própria orofaringe e a pressão vibratória dos músculos dessa região, proporcionando o ronco”, detalha Paulo Manzano.

“Se uma pessoa respira melhor, pode, sim, diminuir o ronco ou até acabar com ele. Um exemplo prático são pessoas que só roncam quando estão gripadas ou com crise de rinite.” Contudo, ele reforça que as causas podem ser multifatoriais, incluindo o posicionamento da língua, hipertrofia das amígdalas, peso, níveis de cansaço, a própria anatomia da laringe. Com uma respiração mais fluída e menos ronco, estima Paulo, é possível estabelecer também melhores noites de sono.

O médico lembra que a respiração adequada é aquela feita pelo nariz, uma vez que o órgão é responsável por filtrar, aquecer e umidificar o ar antes de levá-los aos pulmões. “Quando o paciente respira pela boca, o ar não passa por esses processos, aumentando os riscos de infecção.

Para quem busca se submeter ao procedimento, aconselha o otorrinolaringologista, uma sugestão é acessar o site da Academia Brasileira de Cirurgia Plástica da Face (ABCPF), e encontrar um membro titular, que são aqueles com especialização em cirurgia plástica da face ou em rinoplastia, com mais de cinco anos de experiência. Nestas situações, as redes sociais também podem ser aliadas. “Encontrar pessoas que já fizeram procedimentos com aquele médico, buscar depoimentos, tudo isso faz a diferença. Um cirurgião com estudo e experiência é essencial para o sucesso da cirurgia”, finaliza.

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