Praga, capital da República Tcheca e a maior cidade da região da Boêmia, é sem dúvidas uma das cidades mais interessantes de toda a Europa, tanto que também é conhecida pelos epítetos “Cidade Dourada” e “Cidade das 100 Torres”. Sua história, iniciada ainda no século IX, passou por muitos revezes e essas transformações são nítidas nas ruas. As construções coloridas mesclam estilos da época do Renascimento (barroco e rococó) ao gótico, além de construções modernas, que se misturam e criam uma paisagem única.
Por se localizar às margens de um grande rio – Vltava, ou Moldava em português – e no meio do caminho entre a Rússia e a Europa Ocidental, a região sempre recebeu pessoas de diferentes locais, formando uma cultura única. Não à toa, o que atualmente é conhecido como Praga é a união de quatro cidades pequenas, cada uma construída para abrigar povos diferentes depois de conflitos. São elas: Stare Mesto, construída pelos Boios (tribo original da Boêmia); Cidade Pequena, ou Malá Strana (construída no século XI, aos pés do Castelo de Praga, um dos maiores do mundo, para abrigar os alemães que viviam na região); a Cidade Nova, ou Nove Mesto (erguida pelos nacionalistas tchecos no século XII, quando Praga foi capital do Sacro Império Romano e ligada às outras duas pela famosa Ponte Carlos, uma das mais visitadas do mundo); e a mais nova, construída em 1598 em torno do castelo Hradcany (que dá nome à localidade), depois de novos conflitos com o Império Austro-húngaro, que passou a dominar a Boêmia e comandou a região até a I Guerra Mundial.
Essa multiplicidade cultural de Praga está presente até hoje, em muitos cafés, lojas de rua (a melhor maneira de se locomover é a pé, apesar de ter uma boa estrutura de trens e metrô) e nas muitas opções de cerveja de trigo – a maior parte do lúpulo utilizado no mundo para produção da bebida vem da Boêmia.
Atualmente, Praga tem 1,5 milhão de habitantes e recebe cada vez mais investimentos e novos empreendimentos, principalmente lojas de grife, restaurantes badalados e hotéis. A oferta aumentou muito por conta da demanda, atraindo muitas bandeiras internacionais, que vêm substituindo os pequenos hotéis herdados do regime comunista.
Como não há voos diretos entre o Brasil e a República Tcheca, a melhor maneira de chegar ao país é pelos voos da Air France ou KLM, a partir de Paris ou Amsterdã, respectivamente. Além disso, há uma boa malha ferroviária com ligações diárias e em diferentes horários para a Alemanha e Áustria.